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sábado, 26 de março de 2011

que venham os peixes e todo o mar...

Lá vai um veleiro ao vento em direção à ilha Redonda. Pousos não são permitidos, mas podem ficar embarcados por 3 dias. (foto de Carlos Secchin)
Vista aérea do Arquipélago, um quadro perfeito em aquarela! A ilha em que eu fiquei por 4 meses foi a de Santa Bárbara, mais à esquerda. (foto de abecba.org.br)
Quase não consigo tirar esta foto, a baleia jubarte já estava mergulhando de novo! Ainda bem que essa era filhote, uma baleia adulta chega a pesar até 40 toneladas (imagina um salto dela perto de nosso barco!)

As águas transparentes e o fundo de areia fazem desta parte da ilha um aquário gigante!

Da ilha Siriba se avistam a ilha Redonda à esquerda e a Santa Bárbara à direita
Tranquilo, lá vai o Parú procurar algo para comer...
O Parú é um peixe curioso e sempre presente perto dos barcos
Os Atobás são aves oceânicas residentes em Abrolhos, exímias pescadoras!
O pôr do sol na ilha é algo difícil de esquecer...



Sempre que posso me refiro a Abrolhos, lugar magnífico no Atlântico Sul repleto de vida marinha. Ainda mais quando se tem notícia do esforço de cientistas para preservar algumas espécies. Ao contrário do que acontece no Caribe e América do Norte, aqui no Brasil (Atlântico sul ocidental) ainda é escassa a informação sobre épocas e locais de reprodução de peixes ameaçados e com grande valor comercial (das famílias dos badejos e garoupas, por exemplo). Para nós biólogos, quanto mais conhecemos sobre certas espécies ameaçadas e comercialmente valorizadas, mais fácil conseguimos manter a conservação delas e também o seu uso racional. Recentemente um grupo de pesquisadores brasileiros publicou um artigo científico que pode ajudar na recuperação dessas espécies. Eles passaram dois anos e meio em Abrolhos para conduzir a pesquisa. É uma pena que em nosso país haja uma total desorganização dos órgãos públicos responsáveis pela pesca. E, infelizmente, ainda falta muita informação para a formulação de políticas adequadas de uso sustentável. O tempo em que passei em Abrolhos como voluntária, várias pesquisas rolaram, como de aves marinhas, peixes de fundo, baleias e tartarugas. Realmente, se não fossem esses trabalhos, onde as pessoas doam parte do seu tempo para ajudar.... Não posso dizer que o país não dá valor à ciência, pois hoje em dia há muito mais pesquisas em andamento que anos atrás. Mas ainda é muito insipiente em termos de ajuda financeira. Espero voltar a Abrolhos e ver toda aquela explosão de cores e vida, submersa ou não, totalmente preservada! Pois assim devem ser os pequenos paraísos na Terra......

quarta-feira, 23 de março de 2011

Nada é pra já





Outro dia vi uma entrevista como Chico Buarque, e esta é uma das suas preciosidades que me emociona. E ainda com a minha cidade maravilhosa ao fundo! Aliás, foi assim que ele se inspirou: "Eu estava mexendo no violão, começando a fazer a melodia, e a primeira imagem que apareceu foi exatamente esta: uma cidade submersa, isolada de tudo. Porque, cantarolando, parecia que a música queria dizer isso. Eu tinha que ir atrás da explicação dessa cidade submersa. Aí eu coloquei os escafandristas, e surgiu a história de um amor adiado, um amor que fica para sempre. Essa ideia de um amor como algo que pode ser aproveitado mais tarde, que não se desperdiça......" O cara é bom!!!

Futuros amantes
Não se afobe, não, que nada é pra já. / O amor não tem pressa, ele pode esperar / em silêncio, num fundo de armário, na posta-restante. / Milênios, milênios no ar. / E quem sabe, então, / o Rio será uma cidade submersa. / Os escafandristas virão explorar / sua casa, seu quarto, suas coisas / sua alma, seus desvãos. / Sábios em vão tentarão decifrar / o eco de antigas palavras, / fragmentos de cartas, / poemas, mentiras, retratos, / vestígios de estranha civilização. / Não se afobe, não, / que nada é pra já. / Amores serão sempre amáveis. / Futuros amantes quiçá / se amarão sem saber. / Com o amor que um dia / deixei pra você.

domingo, 20 de março de 2011

Um passeio pelo Arco

A arquitetura antiga e colorida nos faz viajar para um tempo em que o Rio era calmo, mas com uma cultura em plena ebulição!
O Arco do Teles é a entrada de um circuito cultural e gastronômico no centro histórico do Rio
Uma das exposições do Centro Cultural Banco do Brasil, durante o "Anima-Mundi"


Adoro observar a arquitetura antiga dos lugares por onde passo. Remete à histórias antigas e nos faz viajar pelo tempo. E o centro do Rio é cheio! O Arco do Teles é um deles. A casa setecentista da família Teles ficava em cima de um arco. Ali morou Francisco Teles, o juiz de órfãos. Construído em 1730, hoje o Arco dá acesso à Travessa do Comércio, quarteirão cultural e gastronômico no centro do Rio, e vai até a Rua da Lapa dos Mercadores (interessante conjunto de casas do Rio antigo). Localizado na Praça XV, ali é um ótimo lugar para um happy hour, com ótimos cafés, restaurantes e lanches. Já comi um galeto delicioso! Além do mais, se andar um pouquinho além, dá para fechar o dia com chave de ouro com as diversas opções culturais do CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil, ou a Casa França-Brasil, sempre com exposições, teatro e filmes cult.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Balneário das águas especiais

Vista do Balneário à noite. Não parece mágico?!
Antes ou depois, vale dar uma volta no lago e experimentar as diferentes águas das fontes hidrominerais.
A porta de entrada para banhos especiais, limpezas de pele, fisioterapias, duchas e etc.
Uma breve descrição do que você vai encontrar dentro do Balneário.
Para quem gosta do diferente, aí está o banho de Ofurô.
Ah, o meu banho de espumas....que saudade....
Aqui é possível fazer uma relaxante massagem nos pés!
Uma das aconchegantes salinhas de espera até você ser chamado para seu banho especial.
A Sala de Repouso é uma ótima pedida para depois de um banho relaxante, olhando o lago em frente. Tem gente que consegue até dormir!
A fonte de água ferruginosa é ótima para anemias e outras disfunções, mas não vá com muita sede ao pote, pois ela é bem forte e pode dar um pouco de cólica.
Sempre aparece algum macaquinho no meio do caminho para chamar a atenção...



Aos pés da Serra da Mantiqueira está São Lourenço, e às margens de seu famoso lago está o Balneário. Neste carnaval chuvoso, nada melhor que um bom descanso do dia a dia tão chatinho da cidade grande. Um dia que seja no Balneário das Águas já vale qualquer sacrifício (?). O Balneário, ou Centro Hidroterápico, é um verdadeiro Spa à beira do belo lago de São Lourenço, ao sul do sul de Minas. Ou seja, o paraíso! Ali você pode desfrutar de diversas regalias, difícil é escolher entre: duchas escocesas, banhos com água carbo-gasosa, banho turco, fisioterapia, massagem geral e facial, limpeza e hidratação da pele, saunas, salas de repouso, banhos de banheira temáticos (Indiano, Romano, Marroquino, Vitoriano e Art Déco), além dos banhos de Ofurô High Tech, Rústico e Japonês. A belíssima construção do Balneário do Parque das Águas é uma releitura de uma edificação em Paris, do arquiteto Le Corbusier, cuja arquitetura moderna se disseminou pelo mundo no início do século XX. E foi neste carnaval, com ares de inverno na região sudeste, que me entreguei a um delicioso banho de espuma e óleo de lavanda em uma tarde. Saí de lá revigorada e cheia de ideias novas (sim, como eu não consigo nem cochilar, fiquei pensando em mil coisas...). Só lamento não ter tido tempo de experimentar todo o resto. Fica para a próxima! O Balneário funciona de terça a sábado, das 9:00 às 19:50 e no domingo das 9:00 às 12:30. O telefone é (35) 3332-3066. São Lourenço fica a 260 km do Rio de Janeiro, a 300 km de São Paulo e a 386 km de Belo Horizonte. É um pulinho, o que você está esperando?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Caleidoscópio

As múltiplas imagens de uma mesma paisagem que pude ver no grande caleidoscópio em Inhotim. Sob diferentes pontos de vista, claro!


Muitas vezes a vida é como um caleidoscópio. Várias imagens refletidas em múltiplos pedaços de vidro. Afinal, dependendo do ângulo que você vê as coisas, podem surgir milhões de possibilidades. Que tal então parar de ver tudo de um só ângulo, sob uma única perspectiva? A vida, assim como o caleidoscópio, deve ser apreciada com delicadeza, já que ao menor movimento, tudo pode se desmanchar. Quem sabe tem razão ao dizer que a probabilidade matemática deste momento único se repetir é próxima do infinito! À medida que uma pessoa se move no tempo e no espaço, o desenho de suas aspirações mais íntimas vai mudando também. Em dias tão nublados e cheios de chuva como hoje, sou obrigada a concordar com a escritora Marleine Cohen, "A felicidade não é um toldo em cima de sua vida, que vive te poupando da chuva, do sol. Ela é um simples guarda-chuvinha". Que alívio!!!