Lá vai um veleiro ao vento em direção à ilha Redonda. Pousos não são permitidos, mas podem ficar embarcados por 3 dias. (foto de Carlos Secchin)
Vista aérea do Arquipélago, um quadro perfeito em aquarela! A ilha em que eu fiquei por 4 meses foi a de Santa Bárbara, mais à esquerda. (foto de abecba.org.br)
Quase não consigo tirar esta foto, a baleia jubarte já estava mergulhando de novo! Ainda bem que essa era filhote, uma baleia adulta chega a pesar até 40 toneladas (imagina um salto dela perto de nosso barco!)
As águas transparentes e o fundo de areia fazem desta parte da ilha um aquário gigante!
Da ilha Siriba se avistam a ilha Redonda à esquerda e a Santa Bárbara à direita
Tranquilo, lá vai o Parú procurar algo para comer...
O Parú é um peixe curioso e sempre presente perto dos barcos
Os Atobás são aves oceânicas residentes em Abrolhos, exímias pescadoras!
Sempre que posso me refiro a Abrolhos, lugar magnífico no Atlântico Sul repleto de vida marinha. Ainda mais quando se tem notícia do esforço de cientistas para preservar algumas espécies. Ao contrário do que acontece no Caribe e América do Norte, aqui no Brasil (Atlântico sul ocidental) ainda é escassa a informação sobre épocas e locais de reprodução de peixes ameaçados e com grande valor comercial (das famílias dos badejos e garoupas, por exemplo). Para nós biólogos, quanto mais conhecemos sobre certas espécies ameaçadas e comercialmente valorizadas, mais fácil conseguimos manter a conservação delas e também o seu uso racional. Recentemente um grupo de pesquisadores brasileiros publicou um artigo científico que pode ajudar na recuperação dessas espécies. Eles passaram dois anos e meio em Abrolhos para conduzir a pesquisa. É uma pena que em nosso país haja uma total desorganização dos órgãos públicos responsáveis pela pesca. E, infelizmente, ainda falta muita informação para a formulação de políticas adequadas de uso sustentável. O tempo em que passei em Abrolhos como voluntária, várias pesquisas rolaram, como de aves marinhas, peixes de fundo, baleias e tartarugas. Realmente, se não fossem esses trabalhos, onde as pessoas doam parte do seu tempo para ajudar.... Não posso dizer que o país não dá valor à ciência, pois hoje em dia há muito mais pesquisas em andamento que anos atrás. Mas ainda é muito insipiente em termos de ajuda financeira. Espero voltar a Abrolhos e ver toda aquela explosão de cores e vida, submersa ou não, totalmente preservada! Pois assim devem ser os pequenos paraísos na Terra......