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domingo, 27 de novembro de 2011

Mar sem fim!

Uma declaração de amor assim, não dá para ignorar. Ainda bem que resolveram proteger a Grande Barreira de Corais. Que este coração se multiplique!!!!
Imagens assim devem durar para sempre, não!
Esta busca frenética por elementos cada vez mais raros na Terra, sempre para produzir novas tecnologias, pode ser substituída por minérios existentes no fundo dos oceanos. Mas imagina o tamanho do prejuízo para a ecologia do fundo do mar! Melhor não.
As águas da praia do Peró são das mais limpas do Brasil! Que continuem assim
O arquipélago de Abrolhos, no oceano Atlântico, guarda riquezas de espécies que só existem ali. Mesmo sendo uma área protegida, a pesca marinha em volta do parque acaba prejudicando a reprodução de muitas espécies.
Os recifes de corais são algo mais que divino no Planeta Terra!
Beleza irretocável!
As baleias jubarte se reúnem em Tonga, no Pacífico Sul, para dar à luz. Aqui um filhote de 2 meses e sua mãe parecem brincar na imensidão azul...
Foi descoberto um imenso buraco negro no oceano Atlântico, com 4.900 metros de profundidade e quase 4 km de largura!
Esta é a ilha Siriba, que serve como ninhal de muitas aves marítimas, como o Atobá Marrom (que está voando na foto), Atobá Branco, Grazina e Fragata.
Os vários tons de azul do mar de Olinda, em Pernambuco, deixam qualquer um maluco! A cidade é tombada pelo patrimônio histórico, e seu mar é patrimônio de todo mundo!








Finalmente a Australia decidiu criar um parque marinho de verdade, o maior do mundo, para proteger a grande extensão de seu mar de coral. Na Segunda Guerra Mundial, ali foram travadas grandes batalhas. Ainda bem que não explodiram tudo! A região é rica em diversidade de recifes de corais, bancos de areia, cânions e planícies abissais. Enfim eles arranjaram um jeito de proteger peixes, arrecifes e lugares de desova de aves marítimas e tartarugas marinhas. Na verdade, os mares ao redor do mundo estão à mercê da ganância e da falta de educação dos homens.

O oceano Pacífico também já tem uma grande área de proteção marinha, intitulada pelo governo norte-americano de "Monumentos Marítimos Nacionais", onde estão formações geológicas raras, o maior caranguejo terrestre do mundo e um pássaro que tem a estranha mania de incubar seus ovos no calor de vulcões submarinos! Bichos estranhos, lugares esquisitos...

Aqui no Brasil temos uma longa ligação com o mar, já que é na região costeira que está a maior parte de nossa população. As belezas do litoral são infinitas! Mas ainda assim 80% das espécies marinhas exploradas estão sob algum tipo de risco. Com este extenso litoral, nada mais justo que a criação de novas reservas marinhas e uma maior conscientização das populações sobre a conservação das águas oceânicas. É até redundante mas, sempre que posso, volto a falar no assunto, pois o erro humano é recorrente quando se trata do meio ambiente. Não custa nada lembrar, né!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pirangi, na esquina do Brasil

As piscinas naturais de Pirangi do Sul são uma atração a parte na maré baixa! É só ter o cuidado de não machucar os corais que ficam à flor d'água e são sensíveis ao toque (foto: Setur-RN)
O rio Pirangi divide as duas praias famosas, Pirangi do Norte e Pirangi do Sul. Um dia claro, céu azul e águas transparentes, o que mais você quer? (foto: visitnatal)
O maior cajueiro do mundo tem mais de cem anos e até hoje dá frutos! Não é grande em altura, mas em extensão, ocupa quase 8.000 m² (foto: Glaucia - geolocation.ws)
Não é fácil andar entre os galhos deste cajueiro gigante, por isso fizeram um caminho por cima da areia para facilitar o acesso às pessoas e não prejudicar as raízes da grande árvore (foto: paradoxo)
Uma cesta cheia de cajú, filhotes do maior cajueiro do mundo! (foto:robsoncarvalho)

Ao longe a praia de Pirangi do Sul, depois de uma caminhada em meio aos coqueiros (foto: skycrapercity)


Quando morei em Natal para fazer minha primeira especialização, aproveitei para conhecer alguns lugares encantadores do Rio Grande do Norte, bem na esquina do Brasil. Um deles ficou carimbado em minha memória: a praia de Pirangi do Sul, a 20 km de Natal. Até mesmo porque é impossível esquecer o maior cajueiro do mundo, que mora ali nas areias do outro lado, em Pirangi do Norte. Além de produzir o cajú, uma das frutas tropicais mais suculentas, ele foi registrado no Guiness Book pelo seu tamanho incomum (equivalente a um campo de futebo!). Os agrônomos explicam que ele tem este tamanho devido a uma anomalia, que faz seus galhos entrarem na areia, e assim vão formando mais raízes e continuam crescendo. Incrível, não!
Mas não é só isso. O mar de águas transparentes abriga grandes faixas de recifes de corais. Na maré baixa formam-se várias piscinas naturais, as mais próximas de Natal. Mergulhadores ali fazem a festa! Um dia, com a maré bem baixa, andando com a água pelo joelho, vi uma "turma" de pequenos cavalos marinhos nadando nas piscinas que se formaram. Fiquei extasiada e, ao mesmo tempo, torcendo para a maré subir logo e eles voltarem para o mar aberto! Sempre pode aparecer um mau elemento para capturar os bichinhos e vendê-los como souvenir.
O rio Pirangi divide as duas praias, Pirangi do sul e do norte. As águas tranquilas, e de um azul incrível, convidam a esquecer o mundo e achar que finalmente encontrou o paraíso perdido (em épocas de baixa temporada, é claro)! Em dias de tempo bom, o windsurf deixa as águas cheias de pinceladas coloridas com suas velas ao vento, como em uma aquarela. Ah se eu fosse um "Monet", faria ali quadros incríveis!!! E nunca mais iria querer voltar....

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O caminho do ouro!

Do alto da Serra da Mantiqueira, um vento cortante de arrepiar, uma imagem de rara beleza deste mar de morros sem fim!
Um jeep com tração nas quatro rodas é essencial para certos caminhos pedregosos morro acima ou morro abaixo. Esta ponte antiga de armação de ferro e piso de madeira chamou a atenção de todos pela sua beleza!
Mais uma paisagem bucólica no meio do caminho....Neste trecho há várias nascentes de água pura das montanhas. Não há como morrer de sede!
Aqui a trilha do ouro estava perdida no meio do mato, que bom!
Um casarão colonial antigo abandonado no meio do caminho. Por aqui passaram viajantes importantes, mas a verdaderia riqueza parece que ficou para trás...
Na Serra da Mantiqueira, próximo a Itamonte e Parque Itatiaia, as pessoas do vilarejo colhiam frutos de pinha de araucária para fazer um viveiro de mudas e depois trocar com os que vivem do outro lado da montanha. Isso é que é viver em comunidade!
Um túnel no alto da Serra mostra que a trilha do ouro passou por ali a caminho de Paraty

Nada como chegar a Ouro Preto (antiga Vila Rica) e encontrar esta igrejinha redonda linda ao final de uma rua íngreme. A igreja Nossa Senhora do Rosário tem sua forma arredondada parecida com as igrejas do norte da Europa. Embora cheia de detalhes por fora, seu interior é bastante simples, como o povo que a construiu.
Sentada em cima da ponte de pedra em São João del Rei, senti um pouco da imponência (e prepotência) do imperador passando por ali nos áureos tempos.


A antiga "Trilha do Ouro", hoje mais conhecida como "Estrada Real", nada mais é que a união de vários caminhos construídos na época do Brasil-Colônia para transportar as riquezas do interior do Brasil até o litoral do Rio de Janeiro. Dali tudo seria transportado de navio para Portugal. Durante alguns dias eu percorri com um grupo de amigos alguns trechos da Trilha do Ouro, de jeep ou a pé. São vilarejos, montanhas, grutas, rios, igrejinhas antigas, cachoeiras, patrimônios culturais, ruínas, tudo distribuído em 1.500 km......É história pura te chamando para reviver o tempo e os lugares por onde passaram os bandeirantes, tropeiros, oficiais da coroa e outros tantos viajantes. São muitos os caminhos, como o "caminho velho", que ía de Paraty a Vila Rica (atual Ouro Preto), e o "caminho novo", que ía da Baía da Guanabara até encontrar o caminho velho em Ouro Branco-MG. Quantas riquezas passaram por ali. Infelizmente às custas do suor de muitos escravos. Aliás, deste tempo é bom nem lembrar....

A Estrada Real foi criada pela Coroa Portuguesa para fiscalizar a circulação de mercadorias (ouro e diamante) entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. O caminho também foi usado por imperadores, soldados, músicos e aventureiros que carregavam, acima de tudo, seus ideais. Quantos sonhos, angústias ficaram para trás. Quando, enfim, acabou este ciclo econômico do ouro, veio a industrialização. Muito da poesia se perdeu e a trilha do ouro ficou esquecida por muito, muito tempo...
Foi por esses caminhos esquecidos (e até por isso preservados) que eu fui também em busca de um tempo perdido da nossa história. Assim pude encher um pouco a memória de quem não estava lá!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Floresta vertical



A primeira floresta vertical do mundo, quem diria! Achei o máximo quando vi o projeto "O Bosco Vertical", que é vanguarda em reflorestamento urbano. Esta maravilha já está sendo construída, e quase pronta, em Milão. São dois prédios de 110 e 70 metros de altura que vão hospedar 730 árvores, 5 mil arbustos e 11 mil plantas florais. Fico aqui imaginando quando isso tudo estiver pronto, vai ser como avistar um oásis em meio a paisagem urbana e fria!

A ideia do arquiteto italiano Stéfano Boeri é inserir espaços verdes na cidade sem precisar expandir o território urbano. Assim, o prédio pode atuar como filtro para a poluição do tráfego. Claro que a segurança do edifício já foi testada. Imagina se uma árvore fosse derrubada por uma ventania, como essas que acontecem no Rio o tempo todo, poderia causar grandes estragos! É bem legal a ideia de fazer um prédio que absorve gás carbônico e, como bônus, ainda protege os moradores da radiação solar. Literalmente, é uma floresta crescendo para cima. Encantada!!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Criosfera?

O continente gelado me fascina! São tantos tons de azul, tanta vida a descobrir, tantos segredos submersos, tanto a proteger....
Os casais de pinguins são extremamente fiéis. É raro um divórcio no clã, a não ser em casos de má reprodução.
O navio "Barão de Tefé" já navegou as águas geladas da Antártida, quebrando gelo e tudo mais! Pude conhecê-lo por dentro, um luxo !
O navio H42, também conhecido outrora como "Barão De Tefé", já foi um navio de pesquisa no continente antártico durante anos! Hoje ele é um navio faroleiro, com a função de percorrer o litoral brasileiro fazendo a manutenção de nossos faróis. Tirei esta foto quando ele passou por Abrolhos para inspecionar o farol da ilha e refazer sua pintura desgastada.
Os pequenos pinguins, sempre em fila para algum compromisso inadiável! Este simpático animal possui uma grossa camada de gordura, que o protege dos ventos gelados da Antártida.
Hoje o navio H44 faz parte do programa antártico brasileiro proantar (todas as fotos do continente gelado são da web)


A Antártida sempre me fascinou! Talvez por ser tão distante e tão fora de alcance, ou por ser tão estupidamente gelada que fica difícil imaginar qualquer ser de sangue quente vivendo lá. Navios de pesquisa e equipes do mundo inteiro estão sempre por essas terras geladas tentando descobrir os segredos profundos de nosso planeta, muitas vezes registrados nas camadas de gelo. Pois em dezembro um grupo de pesquisadores brasileiros parte rumo a Antártida com o projeto Criosfera (que é o nome da massa de gelo do planeta). Eles vão instalar um módulo avançado de pesquisa na região mais inóspita do continente gelado. Só para ter uma ideia, o local só poderá ser habitado nos meses de dezembro e janeiro, já que é verão e a temperatura fica "razoável": entre -20ºC e -35ºC. No resto do ano pode chegar a -60ºC, brrrrrrrrrrr..........

A estação de pesquisa pretende coletar dados meteorológicos e climáticos, como velocidade e direção dos ventos, pressão atmosférica, radiação solar, emissão de CO2 e temperatura, além de coletar partículas de poluição que chegam até o continente. Esses estudos nas áreas de glaciologia, geofísica e química do gelo polar são importantes para fazer o monitoramento do transporte de subprodutos de queimadas. Ou seja, nós estamos mandando poeira pra lá! O Brasil já investiga o continente antártico há 30 anos, o que é pouco em termos de estudos científicos. Com este módulo avançado de pesquisa na criosfera poderemos saber se há sinais no continente gelado da poluição atmosférica vinda das queimadas no Brasil. Esses caras vão perfurar 150 metros para desvendar a história ambiental do planeta nos últimos 500 anos! Bem que o ser humano podia colaborar e parar de mandar sujeira para ambientes (até pouco tempo atrás) tão puros!!!