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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um oceano, uma mensagem...


Parece até conto de fadas, mas de vez em quando acontece.....Um menino chileno encontrou uma garrafa que foi lançada ao mar em 2011 na Nova Zelândia. O garoto, Abraham, caminhava tranquilamente rumo à escola pela praia na pequena ilha de Laitec quando encontrou a tal garrafa enfiada na areia. Dentro dela um bilhete em inglês, que foi prontamente traduzido por sua professora. Era do capitão de Cruzeiro, Jansen. Um neozelandês da ilha de Campbell, a mais de 10.000 km do Chile! "Estou interessado no oceano, na corrente do oceano, e gostaria de ter notícias da pessoa que encontrar esta mensagem...." O garoto enviou um e-mail ao capitão, que prometeu visitá-lo em breve. A vida é mesmo cheia de mistérios e, algumas vezes, nos traz também boas surpresas. Se não nos deixarmos levar pela loucura cotidiana das grandes cidades, temos a chance de escapar e viver a delícia do imprevisível! Um oceano como mensageiro, a simplicidade de uma mensagem, o interesse pelo outro. Pequenos gestos são capazes não só de mover montanhas, mas também de enfrentar ondas gigantes e tempestades em alto mar! Esse é o meu mundo e é aqui que quero viver!!!


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Isso é que é gratidão!

Sempre nos empenhamos para ter uma vida fantástica. Tudo do bom e do melhor, tecnologia de ponta. Maravilha, nada contra! Temos até bons pensamentos, somos pessoas boas e honestas..........Mas às vezes nos esquecemos o quanto a natureza é fantástica em sua simplicidade. A gratidão, quando vem assim naturalmente, é algo insuperável!!!!!! Que amor esse tubarão!


domingo, 24 de novembro de 2013

Por aqui, por ali, pelas estradas

O tempo passa, e a maneira de ver o mundo também. Quantas vezes passamos por uma estrada e anos depois repetimos o percurso, mas tudo nos parece tão diferente! As vezes as coisas realmente mudaram, ou nem tanto assim, mas a nossa visão certamente. Os detalhes, antes imperceptíveis, aparecem agora, do nada. É, a estrada é diferente, e o destino também, por que não!? Não que eu viaje muito. Mas tenho fascínio por percorrer certas trilhas e descobrir seus segredos. Essas fotos foram tiradas de vários caminhos por onde andei. Mal sabia fotografar, quando ainda usava filmes, e perdi muitos momentos interessantes. Tive que escaneá-las, e a qualidade passa longe do "razoável". Ficava tão extasiada sentindo na pele cada lugar, que me esquecia completamente da câmera nas mãos!  Rever uma imagem emociona! Afinal, a verdade não está na estampa, e sim dentro dela, o que ela carrega de boas lembranças. Onde estão as vivências, as emoções e tantos perrengues passados até chegar ali, naquele exato momento.  Vale a pena viver!!!

(Estradinha que acaba num rio, o qual tive que atravessar nadando)

Por aqui passei de jipe num trecho da Estrada Real. Pequenos riachos, clima bucólico e muitas araucárias (pinheiro de regiões frias). No século XVIII eram muitos os descaminhos que levavam às minas de ouro no interior de Minas Gerais. Preocupada com os desvios de suas riquezas, a família real resolveu fazer um caminho oficial, que ligava a cidade de Paraty (no Rio) à antiga Villa Rica (hoje Ouro Preto), onde estavam as minas. Depois surgiram outros caminhos que se interligavam, num total de 1.600 km. São 8 cidades no Rio de Janeiro, 3 em São Paulo e 76 em Minas Gerais.

Uma estrada que, aparentemente, liga nenhum lugar a lugar nenhum no interior da Bahia. Não resisti ao ver essas fantásticas formações rochosas no meio do caminho. De que era geológica seriam? Realmente, somos seres insignificantes diante de tamanha grandeza!

A 10 km do centro de La Paz (Bolívia) chegamos ao Vale de La Luna, passando por um estrada cheia de curvas e cercada de montanhas da cordilheira dos Andes. Para quem enjoa fácil, como eu, há de se precaver num caminho tão sinuoso, além de estar num lugar a mais de 3.600 metros de altitude. Mas as belezas do caminho compensam qualquer sacrifício!

Saindo da aldeia dos índios Pataxó, seguimos a pé por uma pequena estrada até Caraíva, no sul da Bahia. Região de beleza intocável! Mas quando se chega na parte asfaltada, que vai até Porto Seguro, é possível ver pequenas crianças indígenas vendendo filhotes de animais silvestres na beira da estrada, desde papagaios, micos do tipo Sauá, tartarugas, tucanos e tantos outros.  Fico imaginando  aqueles olhinhos assustados, o que se passa na cabecinha deles? Triste visão de como o mercantilismo chegou tão rápido nas aldeias, e há tanto tempo... Por que a natureza rivaliza com a própria natureza??? 

Certa vez me chamaram para ver um cobra coral que apareceu numa pequena estrada de terra, na entrada de um sítio. Estava fazendo uma trilha pela serra da Mantiqueira. Obviamente era uma coral falsa, ou eu não a teria segurado assim, despretensiosamente! Se acreditamos em forças maiores, creio que a natureza é uma delas. Sou contra a matança indiscriminada de qualquer animal que se encontra indefeso, seja cobra, tubarão ou um simples escorpião.  A natureza é sábia, e muitas vezes somos nós que estamos no lugar errado!


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O dia do Eu


Declarei hoje o meu dia do "eu" particular. Quanta redundância!!! Que ser estranho o ser humano. Se estamos sozinhos, por um dia que seja, ou por apenas algumas horas........os pensamentos vêm em turbilhões! Os neurônios começam a fazer suas sinapses sem parar, mesmo que você queira somente um "relax". Ok, então vamos pensar. Pensamos em nossos acertos, e também em nossos erros. Ah, se pudéssemos voltar atrás........mas para quê? Uma vida só de ganhos tende a ser de alto risco. Então, viva essa ambivalência! Nem sempre absorvi bem meus fracassos. Hoje sei que eles foram simplesmente perdas. Como as pedras que encontramos pelo caminho, eles jamais me impediram de continuar seguindo em frente. Sou perseverante! Meus (poucos) sucessos me trouxeram alegrias e, sobretudo, valores. A vida segue, e com ela vou aprendendo a não levar tudo a "ferro e fogo". Aprendi que nem tudo na vida deve ser levado a sério demais (senão caspa vira pipoca!). Temos que dar chance também às imperfeições. Conheço-me muito bem, e sei a exata medida em que sou sensível às críticas e aos elogios. Normal. As vezes tento mergulhar fundo em mim mesma e encontro mais perguntas que respostas. Talvez não esteja sozinha nessa. Que bom! Ainda temos uma vida inteira para tentar respondê-las. E assim vamos vivendo em meio a esse caos urbano-cultural e a delícia de ser o que se é. Esta é a vida real, sem reticências. 

Agora sim, já posso voltar a viver em sociedade e ser mais uma formiguinha no meio da multidão.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Cuidar do que já existe

Centro Histórico de Agadez - Niger. Conhecido como o portão do deserto, no limite sul do Saara, foi desenvolvido no Sultanato de Aïr, com as tribos Touareg. São construções feitas de tijolo e barro, datadas do século XVI, por onde passam as caravanas do deserto (todas as fotos da web)


Todos os dias nos deparamos com previsões científicas catastróficas para um monte de acontecimentos ambientais. Muitas são difíceis de serem compreendidas por nós, simples mortais. Enquanto outras acontecem ao vivo e a cores por aí, basta ligar a TV, o computador ou o celular. Há muito, muito tempo, deixei para trás aquela visão utópica de querer melhorar o mundo. Não queria ser mais uma a descredibilizar os argumentos em defesa do ambiente e da própria vida. Afinal, ainda utilizamos veículos poluentes à gasolina para nos deslocarmos. E, até onde eu sei, a maioria disparada das pessoas usa a eletricidade para iluminar suas casas, e não mais a vela ou lampiões a gas (ainda bem!). Então, como não somos anjos e muito menos santos, e como vacilamos em vários momentos, vamos tentar cuidar um pouco mais de tudo isso que está aí. É melhor ajudar de alguma forma, por menor que seja. E se acaso não puder ajudar, pelo menos não atrapalhar. É preciso cuidar de toda a Terra e tudo que nela vive, incluindo nós mesmos. Penso que protegemos o meio ambiente para garantirmos a própria sobrevivência da espécie humana. Senão não teria muito sentido. E como recompensa temos ar puro, florestas de pé, oceanos e rios limpos, culturas preservadas e muito mais. É preciso dar valor ao que realmente importa e preservar o que já existe e merece ser cuidado. Assim como os novos patrimônios mundiais da humanidade que deixo aqui. Cuidar.......esse é o cara!

 Bergpark Wilhelmshöhe - Alemanha. Considerado o maior parque montanhoso urbano da Europa, em seu palácio encontra-se uma das grandes coleções de mestres pintores europeus. Suas fontes de água formam um teatro aquático único - são 750 mil litros de água que descem 80 metros por cachoeiras artificiais e espelhos d'água.


Terraços de Arroz de Honghe Hani - China. Por mais de 1.300 anos, o povo Hani, do sul da China, vem usando este sofisticado sistema de canais para levar a água das montanhas de Ailao até lá embaixo, onde ficam  os terraços de arroz. O visual colorido é de uma exuberância única!!!


Tserkvas de Madeira dos Cárpatos - Polônia e Ucrânia. Na Europa ocidental estão as 16 Tserkvas - igrejas de madeira construídas pelas comunidades ortodoxa e católica entre os séculos XVI e XIX.


Universidade de Coimbra - Portugal. Um reconhecimento pelo valor arquitetônico do complexo universitário e berço de cultura.


Mar de Areia Namib - Namíbia. O único deserto costeiro do mundo, na árida costa africana do Atlântico Sul, com grandes dunas formadas pelo intenso nevoeiro.

domingo, 3 de novembro de 2013

Nas esquinas por aí

Andando pelas ruas, subindo e descendo ladeiras, sentando no meio fio, observando as fachadas, os telhados, as pessoas, vendo a vida passar......Epa, a vida não! Essa eu não vou deixar passar em branco. Quantos caminhos ainda por percorrer, e quantos ficaram para trás. Tenho uma tendência a simplificar tudo em minha vida, às vezes até demais. Me desfaço de qualquer coisa com a maior facilidade - talvez tenha que consertar um pouco isso.... Roupa? Só o que couber no meu  armário enxuto (de propósito, é claro). Sapato? Não tenho nem 8 pares. E quando entra um novo no pedaço, um outro, obrigatoriamente, terá que sair. A regra é clara. Nada de excessos. As doações estão aí para isso, afinal. Acho que fui uma das últimas de minha geração a ter "facebook", e já estou pensando seriamente em cancelar minha conta. Esse negócio de curtir daqui, curtir dali, até mesmo sem ter lido coisa alguma! Santa paciência, que infelizmente eu não tenho. Nada contra! Desejo tudo de bom para quem tem - amigos meus inclusive, ok! Afinal, é a maior vitrine da humanidade, sem dúvida, mas ainda prefiro as ruas. Andar por aí, respirar novos ares, subir montanhas, sentir o vento na cara, atravessar oceanos, conversar com pessoas de verdade, voar, mergulhar em mar aberto e se descobrir um peixe  (fora d'água!). Andar por ruas tranquilas num país distante e, ao virar uma esquina, se deparar com uma feira incrível, fervilhando de antiguidades, flores, pinturas, máscaras, livros, e gente de todo tipo. Este é o mundo louco, lindo, insano e poético que eu quero viver!!!
Bons ventos a todos!

 Como é bom, num dia de céu azul assim, se perder pelas ruas estreitas de Belém, em Lisboa. E então, nada melhor que aproveitar o clima e pedir uma sardinha com batata ao murro para passar o tempo. Que tempo bom, que dia lindo, que país fantástico os portugueses têm!

Adoro descobrir um caminho diferente e me deixar guiar pelos meus sentidos, absolutamente confiáveis. Esta esquina madrilenha, cheia de artesanatos de Toledo, aguça os sentidos de qualquer um!

Uma confeitaria na Rambla que te deixa literalmente com água na boca, e fica bem perto de uma feira borbulhante, numa das esquinas de Barcelona. Funciona no mesmo lugar desde 1820. Quer dizer então que somos loucos por doces desde os tempos remotos? Que delícia!!!!!

E como não sentar à beira do rio Tejo, sentir o vento na cara e só ouvir o barulho dos pássaros e dos grandes barcos chegando? Quase posso voar. Me dê só uma par de asas!

Da janela do TGV é possível se imaginar em uma maratona na velocidade da luz e, ao mesmo tempo, observar o caminho árido e misteriosamente belo entre Madri e Barcelona

Ao final da Rambla Catalunya com a Diagonal está a simpática "La Jirafa Coqueta", uma escultura em bronze de Josep Grayner. Metade humana, metade girafa, ela nos acena de todos os ângulos. E como se não bastasse a pose, a girafinha parece querer conversar com você que, afinal, está ali à toa, sem nada para fazer mesmo........


Quando estou viajando penso, e agora, onde ir? E na maioria das vezes gosto de me perder propositalmente em bons lugares.......... mas sempre me acho no final!



domingo, 20 de outubro de 2013

Tudo verde!

Muito frio em alguns lugares do planeta e muito calor em outros........que loucura, não! Uma alternativa que já é figurinha fácil em algumas cidades do mundo é o telhado verde. Esses telhados, além de bonitos de se ver, conseguem evitar enchentes e ilhas de calor nas cidades. Quem se lembra, nos livros da escola, dos jardins suspensos da Babilônia? Pois é, a ideia tem história pra contar. Então proponho aqui radicalizar: telhado verde, parede verde, jardim vertical, piscina verde....
Muito populares em países escandinavos, e também na Alemanha, Espanha e Grécia, a ideia é transformar esses "telhados verdes" em pequenos pulmões dentro das cidades. Assim, eles criam naturalmente corredores que facilitam a circulação do ar, ajudando a captar mais CO2 na atmosfera. E não é só isso (só?). Melhorando o microclima nas cidades, o telhado verde ainda reduz o consumo de energia, provoca um decréscimo no uso do ar condicionado nas regiões quentes e isolam o frio nas regiões com invernos rigorosos. A temperatura na superfície desses telhados não passa de 25°C contra 60°C nos telhados comuns! Ainda diminuem os efeitos ruins dos raios ultravioletas. Segundo uma pesquisa, com apenas um telhado verde de 100 m², 1400 litros de água de chuva deixam de ser enviados para rede pública. Agora, basta multiplicar este valor pela soma de todos os telhados de uma cidade. Viu como o problema diminuiu? Esta ideia de telhados verdes é bem antiguinha, mas é bom relembrar de vez em quando. Afinal, um jardim a mais aqui outro ali não faz mal a ninguém!

No Brasil alguns projetos arquitetônica já incluem os telhados verdes


Adoro o "colorido" do verde!


O telhado mais famoso do mundo é o do City Hall em Chicago


Queria morar numa casa assim......

Já pensou se uma cidade inteira se rendesse aos telhados verdes????

sábado, 12 de outubro de 2013

Sem ensaios

O melhor lugar do mundo é aqui e agora.... Nada mais certeiro que a frase de Gilberto Gil. Quer coisa melhor do que viver de bem com a vida? Ser feliz onde estiver, seja aqui ou numa estrada deserta; ali na esquina ou num outro país. Sem querer entender tudo. Para quê? Sentir é o suficiente, e isso já ultrapassa qualquer entendimento. Gosto do que disse Chaplin (só me lembro de um pedaço): "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios ...... viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos". Afinal, penso que para estar vivo não basta apenas respirar. É preciso se esforçar um pouco mais. Não parar de ler (ou começar, quem sabe...), se interessar por assuntos que mal conhece, inaugurar uma nova fase da vida sempre, parar de reclamar (da vida, da chuva, do trabalho, do frio, do calor, enfim de nada), ir mais ao cinema, rever os amigos (não no facebook, claro!), tirar as pedras do meio do caminho, não virar escravo do hábito, desfazer as malas, se emocionar com pouco..... Viu só? Se manter vivo não é para principiantes. É para quem se sente eternamente aprendiz! Então vamos viver, sem ensaiar muito. Me divirto muito aprendendo coisas novas e acho o máximo andar por lugares onde nunca pisei antes. O amanhã é sempre uma incógnita. E bem sei que poderia ser diferente, mas tudo depende das escolhas que fazemos. Errar às vezes faz parte.
O primeiro mergulho, a primeira caminhada, o primeiro voo de balão, a primeira aprovação, a gente nunca esquece. Quero a primeira vez de novo, repetidas vezes, quantas vezes forem necessárias. Redundante, não! Tudo bem também.

Pisar num lugar tão inóspito, quanto o Vale de La Luna na Bolívia, só ouvindo o barulho do vento que vem das montanhas, é algo estarrecedor e ao mesmo tempo reconfortante!

Ir a Inhotim pela primeira vez e se deparar com obras de arte (como a de Hélio Oiticica) num imenso jardim a céu aberto é quase surreal!

Sentir um certo medo ao chegar numa praia e encontrar uma placa dessas...

Andar pela Praça Bolívar, em Bogotá, num dia de chuva e frio e conhecer de perto o palco de tantas lutas do povo colombiano...

Ir à Igreja do Bonfim em Salvador e fazer 3 pedidos, bem feitos, amarrando a fitinha do senhor do Bonfim na grade interna da igreja, pois lá fora não cabe mais um fio de cabelo sequer! Quem sabe assim minhas chances não aumentam?

Sentar na pedra do Arpoador e ver os últimos raios de sol lambendo as areias de Ipanema, e se sentir nas nuvens....

Fui! E vou sempre...

sábado, 5 de outubro de 2013

Sensações de Lisboa

Não, definitivamente não concordo. Lisboa não é uma cidade melancólica, como costuma ser tachada por aí. Ok, tudo bem que quando ouvimos um "fado" - a alma portuguesa - dá aquela vontade de chorar e os olhos se enchem de água. Mas, tirando isso, é só alegria! Não vim aqui descrever lugares, nem ser guia de viagens. São apenas sensações. Boas lembranças que as imagens me trazem, soltas, como as brisas do verão, que vêm e vão. Gosto mesmo é de andar, descobrir caminhos. Pelas ruas, a limpeza dá o tom. Teatros antigos com suas peças modernas e super engraçadas. Tomar sorvete no Largo da Estação do Rossio, depois de um dia quente de verão, é um presente dos Deuses! Sentir o ar fresco às margens do rio Tejo, como é bom..... Em Lisboa sim, você consegue unir de forma harmônica sua vertente moderna e multicultural com atrativos históricos de tirar o fôlego. Um luxo! Sempre procuro fugir dos clichês turísticos, mas tem certos lugares quase obrigatórios, de tão belos.

Também evito dar muitas dicas de passeios, afinal, meu ponto de vista costuma ser bem diferente de muitos. Tenho prazer em longas caminhadas, gosto de sentir o chão onde piso, ver tudo bem de perto, tocar, sentir as vibrações. Enfim, cada pessoa é de um jeito, e os gostos são infinitamente diversos. Ainda bem! Na foto, a praça Marquês de Pombal ao fundo, perto do hotel onde fiquei. No alto tem uma escultura gigante de "Botero", olhando a cidade e o Tejo.

O verão de Lisboa me lembrou o do Brasil. Céu sempre azul, festas populares ao ar livre, luz! Com clima suave e muitas atrações, a cidade ganhou o prêmio "World Travel Awards" de melhor destino europeu para os fins de semana, deixando para trás Londres, Madri, Veneza, Paris.....Está aí a matemática turística que não me deixa mentir. Até porque eu nunca tive mesmo cabeça para contas. Memorizar números e fórmulas para mim sempre foi uma tarefa "hercúlea".
Essa lógica fazia quase nenhum sentido para mim. Penso como uma escritora americana. No meu entendimento, o mundo não é um gráfico ou uma equação. Poxa, para mim o mundo é uma história! Por isso tenho sempre muitas delas para contar. Passar por uma rua no Baixo Chiado e sentir o cheiro do pão, saindo quentinho do forno. Não resisto. Sou "pãofanática"! Andar um pouquinho mais e experimentar um delicioso Toucinho do Céu, faz você praticamente flutuar........
E como não se deliciar com o famoso Pastel de Belém, do bairro homônimo? Doce feito com gemas, açúcar e massa folhada. Tão leve, que faz qualquer um se perder e esquecer a dieta. O sabor e a tradição dos pastéis de Belém vêm dos anos de 1834, quando  mosteiros e conventos foram encerrados em Portugal. Os visitantes se acostumaram a saborear os pastéis, antes fabricados nos conventos por antigos pasteleiros, que guardaram o segredo da receita até hoje. 

Para mim não basta simplesmente comer um, dois, três, quatro..... tenho que conhecer como eles são feitos, as cozinheiras tão dedicadas, as centenas de fornadas saindo quase que de cinco em cinco minutos. Você come o pastel quente, pois não dá tempo de esfriar, tamanha a demanda. Que loucura aquilo ali! Depois é melhor dar uma caminhada e aproveitar para conhecer os arredores de Belém. A boa digestão agradece!

Na porta do Mosteiro dos Jerónimos, carruagens 'modernas' nos remetem aos tempos antigos.  Como é bom reviver os tempos passados que não vivemos.............Se é que isso faz algum sentido

Do alto é possível ver como é majestoso o mosteiro dos Jerónimos. E olha que não coube tudo na foto!

Por dentro do mosteiro, a suntuosidade e a delicadeza andam lado a lado. Sua arquitetura é estonteante!

A Torre de Belém é o cartão de visitas de Lisboa, e com toda razão!

O café "A Brasileira", no Baixo Chiado, foi muito frequentado por Fernando Pessoa antigamente. Tanto que nos anos 80 fizeram uma estátua do escritor na caçada, em sua homenagem.

O Teatro Politeama, inaugurado em 1913, sempre apresentou grandes sucessos. Foi lá que assisti à "Grande Revista Portuguesa", com grandes atores portugueses de humor. Hilário!!!

O Castelo de São Jorge fica lá no alto. Então, meu caro, o jeito é subir de bonde elétrico, daqueles antigos, mas que funcionam que é uma beleza! Pena que no verão europeu estão sempre lotados. Mas vale a pena esperar um pouco nos pontos certos até que passe algum menos cheio!

As calçadas portuguesas dão um show à parte. Com seus mosaicos e pinturas em mármore e pedra, a arte está no ar.....e no chão! Por aqui eu vou seguindo meu caminho e, quem sabe, um dia descobrir novos destinos.......