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domingo, 20 de outubro de 2013

Tudo verde!

Muito frio em alguns lugares do planeta e muito calor em outros........que loucura, não! Uma alternativa que já é figurinha fácil em algumas cidades do mundo é o telhado verde. Esses telhados, além de bonitos de se ver, conseguem evitar enchentes e ilhas de calor nas cidades. Quem se lembra, nos livros da escola, dos jardins suspensos da Babilônia? Pois é, a ideia tem história pra contar. Então proponho aqui radicalizar: telhado verde, parede verde, jardim vertical, piscina verde....
Muito populares em países escandinavos, e também na Alemanha, Espanha e Grécia, a ideia é transformar esses "telhados verdes" em pequenos pulmões dentro das cidades. Assim, eles criam naturalmente corredores que facilitam a circulação do ar, ajudando a captar mais CO2 na atmosfera. E não é só isso (só?). Melhorando o microclima nas cidades, o telhado verde ainda reduz o consumo de energia, provoca um decréscimo no uso do ar condicionado nas regiões quentes e isolam o frio nas regiões com invernos rigorosos. A temperatura na superfície desses telhados não passa de 25°C contra 60°C nos telhados comuns! Ainda diminuem os efeitos ruins dos raios ultravioletas. Segundo uma pesquisa, com apenas um telhado verde de 100 m², 1400 litros de água de chuva deixam de ser enviados para rede pública. Agora, basta multiplicar este valor pela soma de todos os telhados de uma cidade. Viu como o problema diminuiu? Esta ideia de telhados verdes é bem antiguinha, mas é bom relembrar de vez em quando. Afinal, um jardim a mais aqui outro ali não faz mal a ninguém!

No Brasil alguns projetos arquitetônica já incluem os telhados verdes


Adoro o "colorido" do verde!


O telhado mais famoso do mundo é o do City Hall em Chicago


Queria morar numa casa assim......

Já pensou se uma cidade inteira se rendesse aos telhados verdes????

sábado, 12 de outubro de 2013

Sem ensaios

O melhor lugar do mundo é aqui e agora.... Nada mais certeiro que a frase de Gilberto Gil. Quer coisa melhor do que viver de bem com a vida? Ser feliz onde estiver, seja aqui ou numa estrada deserta; ali na esquina ou num outro país. Sem querer entender tudo. Para quê? Sentir é o suficiente, e isso já ultrapassa qualquer entendimento. Gosto do que disse Chaplin (só me lembro de um pedaço): "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios ...... viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos". Afinal, penso que para estar vivo não basta apenas respirar. É preciso se esforçar um pouco mais. Não parar de ler (ou começar, quem sabe...), se interessar por assuntos que mal conhece, inaugurar uma nova fase da vida sempre, parar de reclamar (da vida, da chuva, do trabalho, do frio, do calor, enfim de nada), ir mais ao cinema, rever os amigos (não no facebook, claro!), tirar as pedras do meio do caminho, não virar escravo do hábito, desfazer as malas, se emocionar com pouco..... Viu só? Se manter vivo não é para principiantes. É para quem se sente eternamente aprendiz! Então vamos viver, sem ensaiar muito. Me divirto muito aprendendo coisas novas e acho o máximo andar por lugares onde nunca pisei antes. O amanhã é sempre uma incógnita. E bem sei que poderia ser diferente, mas tudo depende das escolhas que fazemos. Errar às vezes faz parte.
O primeiro mergulho, a primeira caminhada, o primeiro voo de balão, a primeira aprovação, a gente nunca esquece. Quero a primeira vez de novo, repetidas vezes, quantas vezes forem necessárias. Redundante, não! Tudo bem também.

Pisar num lugar tão inóspito, quanto o Vale de La Luna na Bolívia, só ouvindo o barulho do vento que vem das montanhas, é algo estarrecedor e ao mesmo tempo reconfortante!

Ir a Inhotim pela primeira vez e se deparar com obras de arte (como a de Hélio Oiticica) num imenso jardim a céu aberto é quase surreal!

Sentir um certo medo ao chegar numa praia e encontrar uma placa dessas...

Andar pela Praça Bolívar, em Bogotá, num dia de chuva e frio e conhecer de perto o palco de tantas lutas do povo colombiano...

Ir à Igreja do Bonfim em Salvador e fazer 3 pedidos, bem feitos, amarrando a fitinha do senhor do Bonfim na grade interna da igreja, pois lá fora não cabe mais um fio de cabelo sequer! Quem sabe assim minhas chances não aumentam?

Sentar na pedra do Arpoador e ver os últimos raios de sol lambendo as areias de Ipanema, e se sentir nas nuvens....

Fui! E vou sempre...

sábado, 5 de outubro de 2013

Sensações de Lisboa

Não, definitivamente não concordo. Lisboa não é uma cidade melancólica, como costuma ser tachada por aí. Ok, tudo bem que quando ouvimos um "fado" - a alma portuguesa - dá aquela vontade de chorar e os olhos se enchem de água. Mas, tirando isso, é só alegria! Não vim aqui descrever lugares, nem ser guia de viagens. São apenas sensações. Boas lembranças que as imagens me trazem, soltas, como as brisas do verão, que vêm e vão. Gosto mesmo é de andar, descobrir caminhos. Pelas ruas, a limpeza dá o tom. Teatros antigos com suas peças modernas e super engraçadas. Tomar sorvete no Largo da Estação do Rossio, depois de um dia quente de verão, é um presente dos Deuses! Sentir o ar fresco às margens do rio Tejo, como é bom..... Em Lisboa sim, você consegue unir de forma harmônica sua vertente moderna e multicultural com atrativos históricos de tirar o fôlego. Um luxo! Sempre procuro fugir dos clichês turísticos, mas tem certos lugares quase obrigatórios, de tão belos.

Também evito dar muitas dicas de passeios, afinal, meu ponto de vista costuma ser bem diferente de muitos. Tenho prazer em longas caminhadas, gosto de sentir o chão onde piso, ver tudo bem de perto, tocar, sentir as vibrações. Enfim, cada pessoa é de um jeito, e os gostos são infinitamente diversos. Ainda bem! Na foto, a praça Marquês de Pombal ao fundo, perto do hotel onde fiquei. No alto tem uma escultura gigante de "Botero", olhando a cidade e o Tejo.

O verão de Lisboa me lembrou o do Brasil. Céu sempre azul, festas populares ao ar livre, luz! Com clima suave e muitas atrações, a cidade ganhou o prêmio "World Travel Awards" de melhor destino europeu para os fins de semana, deixando para trás Londres, Madri, Veneza, Paris.....Está aí a matemática turística que não me deixa mentir. Até porque eu nunca tive mesmo cabeça para contas. Memorizar números e fórmulas para mim sempre foi uma tarefa "hercúlea".
Essa lógica fazia quase nenhum sentido para mim. Penso como uma escritora americana. No meu entendimento, o mundo não é um gráfico ou uma equação. Poxa, para mim o mundo é uma história! Por isso tenho sempre muitas delas para contar. Passar por uma rua no Baixo Chiado e sentir o cheiro do pão, saindo quentinho do forno. Não resisto. Sou "pãofanática"! Andar um pouquinho mais e experimentar um delicioso Toucinho do Céu, faz você praticamente flutuar........
E como não se deliciar com o famoso Pastel de Belém, do bairro homônimo? Doce feito com gemas, açúcar e massa folhada. Tão leve, que faz qualquer um se perder e esquecer a dieta. O sabor e a tradição dos pastéis de Belém vêm dos anos de 1834, quando  mosteiros e conventos foram encerrados em Portugal. Os visitantes se acostumaram a saborear os pastéis, antes fabricados nos conventos por antigos pasteleiros, que guardaram o segredo da receita até hoje. 

Para mim não basta simplesmente comer um, dois, três, quatro..... tenho que conhecer como eles são feitos, as cozinheiras tão dedicadas, as centenas de fornadas saindo quase que de cinco em cinco minutos. Você come o pastel quente, pois não dá tempo de esfriar, tamanha a demanda. Que loucura aquilo ali! Depois é melhor dar uma caminhada e aproveitar para conhecer os arredores de Belém. A boa digestão agradece!

Na porta do Mosteiro dos Jerónimos, carruagens 'modernas' nos remetem aos tempos antigos.  Como é bom reviver os tempos passados que não vivemos.............Se é que isso faz algum sentido

Do alto é possível ver como é majestoso o mosteiro dos Jerónimos. E olha que não coube tudo na foto!

Por dentro do mosteiro, a suntuosidade e a delicadeza andam lado a lado. Sua arquitetura é estonteante!

A Torre de Belém é o cartão de visitas de Lisboa, e com toda razão!

O café "A Brasileira", no Baixo Chiado, foi muito frequentado por Fernando Pessoa antigamente. Tanto que nos anos 80 fizeram uma estátua do escritor na caçada, em sua homenagem.

O Teatro Politeama, inaugurado em 1913, sempre apresentou grandes sucessos. Foi lá que assisti à "Grande Revista Portuguesa", com grandes atores portugueses de humor. Hilário!!!

O Castelo de São Jorge fica lá no alto. Então, meu caro, o jeito é subir de bonde elétrico, daqueles antigos, mas que funcionam que é uma beleza! Pena que no verão europeu estão sempre lotados. Mas vale a pena esperar um pouco nos pontos certos até que passe algum menos cheio!

As calçadas portuguesas dão um show à parte. Com seus mosaicos e pinturas em mármore e pedra, a arte está no ar.....e no chão! Por aqui eu vou seguindo meu caminho e, quem sabe, um dia descobrir novos destinos.......