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domingo, 31 de agosto de 2014

Pequenos instantes - Rio

Na entrada do MAR - Museu de Arte do Rio - tem uma miniatura de favela super colorida e toda feita de tijolos!

Como é bom andar por lugares........todos os lugares, conhecidos ou não! Pois cada dia é diferente e sempre é possível ver algo que não vimos antes. Essa imobilidade das coisas que nos rodeiam as vezes tomam nosso pensamento. Mas tento não me deixar contaminar. Afinal o mundo não para de girar e por isso precisamos aproveitar cada instante. Procurar conhecer o desconhecido e até mesmo descobrir mais um pouco do que já se conhece. Empreender em você mesmo, fazer do inusitado uma grande aventura! Explorar mais o que já foi explorado, sair da mesmice do dia a dia. Ver tudo de outro jeito. A vida pode ser vista por vários ângulos, que alívio! Sim, podem ser apenas pequenos instantes.... Mas quem disse que o valor das coisas está no tempo que elas duram? A intensidade de cada minuto é tudo!

 A feirinha de antiguidades na Praça XV no sábado é uma loucura! No meio de toda aquela 'bagunça organizada' é possível encontrar coisas do arco da velha!

Do terraço do Museu de Arte do Rio - MAR - se vê ao longe a Baía de Guanabara e a ponte Rio-Niterói

O pátio do Paço Imperial. Ali foram descobertas recentemente peças da época do império durante escavações arqueológicas.

No terceiro domingo de cada mês uma boa pedida é assistir ao vivo a apresentação de uma banda militar no Forte de Copacabana, com entrada franca! E de quebra, se deliciar com as guloseimas da Confeitaria Colombo, bem ao lado!

A praia de Copacabana ainda atrai todas as bandeiras do mundo! Caminhar por seus 4 km de areia numa manhã de céu azul é tudo de bom!

Num breve olhar é possível ver o azul brilhar no alto do terraço do MAR, com seu teto ondulado como as ondas do mar...

Como não se apaixonar por Ipanema???? Sua imensidão vista a partir da Pedra do Arpoador é impressionante a qualquer hora do dia.... Os vários tons de azul de céu e mar emolduram uma pintura perfeita...

...E quando o por do sol pincela suas areias numa mistura de prata e dourado.......faz qualquer poeta escrever um livro inteiro num dia assim.....

A Biblioteca Parque Estadual, no Campo de Santana, existe no mesmo lugar desde 1853 quando Dom Pedro II a inaugurou. Mas foi totalmente modernizada em 2014 e hoje abriga também teatro, atividades culturais e exposições. 

E aqui me despeço dentro da Biblioteca multicultural, me inspirando cada vez mais!!!




domingo, 24 de agosto de 2014

Nas águas do Nilo

Não, eu não naveguei pelo rio Nilo, infelizmente.... Escrevo num dia de folga, quando os pensamentos voam longe, longe até demais, ao ponto de aterrissarem no continente africano. Rolou uma certa melancolia dos tempos de criança, em que eu sempre dizia que quando crescesse queria morar na África! Enfim, o sonho infantil não se realizou, até porque a África que habita meu imaginário hoje é outra, um tanto quanto complicada...

Rio Nilo, por onde passaram grandes navegadores e também exploradores do continente africano.

Então minhas memórias borbulham dentro de mim e me vem à cabeça o rio Nilo. Majestoso, cheio de histórias e aventuras, desafiando grandes expedições em busca de sua verdadeira nascente. Sou do tipo de pessoa de alma aventureira, mas entregue ao mundo real, o verdadeiro. Talvez, se eu vivesse em 1858, tivesse explorado o coração da África, subindo rio acima junto com os exploradores ingleses Richard Burton e John Speke até a 1º descoberta da nascente do rio Nilo. Teria enfrentado leões, tribos guerreiras, canibais, um calor de 50ºC e malária. E lá se foram anos até  descobrirem que a verdadeira nascente do rio não era no lago Vitória (em Uganda) e sim no alto das montanhas de Ruanda, no meio da floresta habitada por gorilas. Bem mais instigante, não! É, mas para conseguir subir todo o rio Nilo de barco eu teria que levar no mínimo um bom estoque de Dramin, caso as curvas do rio fossem tão tortuosas como certas estradas por onde andei! Pensando bem, seria melhor seguir por terra, pisando em lama, desviando de galhos cheios de espinhos, seguindo o barulho da água e sempre em direção oposta às pegadas de qualquer felino! Sim, este ambiente me atrai.

Meu olhar sobre a África continua terno, porém não mais sonhador. E apesar da alma inquieta, hoje só consigo ser eu mesma. A dura realidade de muitos países africanos me dói o coração. Essa visão "eurocêntrica" que persistiu por séculos trouxe uma imagem inferiorizada da África, como se todo o continente fosse um local essencialmente tribal, pobre, imerso na barbárie e implorando para ser 'civilizado'. Muitas nações usaram esse argumento para justificar a colonização de países africanos. Para eles a África era um continente muito longe do progresso que a humanidade estava seguindo. Por isso viraram-lhe as costas, mas não sem antes arrancarem todas as suas riquezas. Ajudar a região a se desenvolver e ter uma melhor qualidade de vida? Não, isso não estava nos planos deles.
Hoje seria preciso redescobrir a África, afinal somos todos herdeiros da identidade africana! Ali, nas águas do Nilo, sob terras flamejantes de guerras, desertos, monumentos e tempestades de areia está a história da sociedade inteira!

Homens da comunidade Khomani San fazendo passos tradicionais de sua cultura no deserto de Kalahari.

Criança perto da uma manada de dromedários de sua família na República Democrática do Congo

Crianças do Zimbawe, que fica na Africa Austral. Região coberta de savanas que no século XIX foi colonizada pelos ingleses, que tinham como objetivo explorar a mineração local (foto FP-AP)

A beleza do povo africana não tem igual no mundo!



domingo, 10 de agosto de 2014

Superar limites...........para quê?

Sempre tive um carinho muito especial pelas montanhas, assim como os oceanos. Pois nasci no meio dos dois - o Rio é assim! Olhar e admirar o topo de uma montanha te faz querer alcançá-la? Eu não. Tenho outros objetivos, em terra firme mesmo, que preciso me esforçar mais!
Essa ânsia do ser humano de tentar extrapolar os limites acaba, muitas vezes, destruindo a natureza. O Monte Everest é um exemplo triste disso. A montanha mais alta do mundo sempre foi considerada um troféu para montanhistas e outros 'aventureiros' pelo mundo. Infelizmente, hoje se tornou um símbolo de tudo o que há de errado nesse tipo de turismo. A maioria das pessoas que lá sobem, pagam uma fortuna a excursões para estar lá, muitas vezes sem treinamento algum! É claro que vários conseguem alcançar o cume. Hoje não é algo assim tão impensável. Mas outros tantos ficam pelo caminho e jamais voltam às suas famílias, tornando-se múmias congeladas no gelo eterno. Sem falar em todo o lixo, e também dos dejetos humanos que são deixados pelas trilhas na montanha.

É óbvio que há algo de errado nisso! O ser humano precisa entender que não basta chegar ao cume. Tem que ter respeito pela montanha. Tomar atitudes sensatas, como diminuir o número de pessoas, evitar congestionamentos e ao mesmo tempo a quantidade de lixo. Bem simples!

Engraçado, nunca tive essa vontade tresloucada de quebrar barreiras e passar dos limites. Mas muita gente é assim. É a tal história : o céu é o limite, mas se pudermos ultrapassá-lo.... O ser humano quer sempre ir mais longe. Onde estamos nunca é o bastante. Ficar em frente à televisão por menos de meia hora já é o suficiente para nos sentirmos a última das criaturas na face da Terra, um mísero ser que não serve nem para estampar propaganda em uma lata de refrigerante! Todo comercial ou programa de TV diz o tempo todo na sua cara: Supere seus limites! Poxa, dá licença que o limite é meu!!! Muitos se frustram e acabam sofrendo por não conseguirem atingir tais metas inalcançáveis. Que besteira! Mesmo porque essas "metas" (que na verdade não são suas) são absolutamente desnecessárias. Cada um tem seu limite e é bom respeitá-lo. Esse respeito devemos levar ao longo de nossas vidas e também com o ambiente que nos cerca. Afinal, cuidar do planeta não é algo, digamos, especial, ou mesmo sagrado, santo. É como cuidar de nossa casa. Temos que manter a casa em ordem para que possamos ali viver, não é!? E já que, por enquanto, não podemos ir para outros planetas...... o que nos resta é esse aqui mesmo. Então, o melhor é respeitar os limites que "as montanhas" nos impõe nessa vida procurar ser feliz assim!

O pôr do sol no topo da montanha é tão poderoso que parece ouro!




Li certa vez na National Geographic Society que a quantidade de pessoas que querem subir o Everest é tão assustadora que mais parece um congestionamento no fim do dia em uma grande avenida de uma cidade como São Paulo, uma loucura!






Nunca quis chegar ao topo do Everest, nunquinha! Ele estará sempre lá, belo e imponente e não está nem aí para a minha presença! Mas sempre onde houver uma montanha mais alta, vai ter alguém para transpor seus limites. Só que nem sempre mudar de planos no meio do caminho significa que você é uma pessoa indecisa. Aliás, pode evitar desastres monumentais, e até mesmo garantir sua vitória depois. E o melhor é que você nem precisa ultrapassar seu limite. Uma pessoa sensata saberá o que fazer na hora certa. Ultrapassar limites incalculáveis? Melhor deixar isso para um super herói qualquer....