Na República da África Central um homem escala árvores de até 40 m, enfrenta abelhas africanas e uma altura imensa.....tudo isso para conseguir um pouco de mel! Mesmo com tanta fartura de alimento em terra eles se arriscam. É, a bravura dessa gente está no sangue! (foto: Timothy Allen)
Sobreviver ao mundo não é nada fácil! Impressionante como certos grupos humanos ao redor do planeta encontram maneiras tão diferentes para sobreviver, especialmente em ambientes inóspitos. Para muitos, a luta pela sobrevivência é um combate diário. O tipo de alimentação e os meios que utilizam para consegui-la podem contar a história de todo um povo! Alguns vivem apenas com o que restou na região, como carne de caça, mel e plantas. Outros têm acesso a grandes plantações e fartura de comida. Os povos que tiveram suas terras assoladas por guerras, hoje habitam desertos e vivem da caça de pequenos animais, quando encontram. Me pergunto, de onde vem tamanha força? Como conseguem sobreviver a tantas adversidades? Queria ser uma formiguinha a me misturar nas areias do deserto do Saara e ver como o povo "Dogon" faz recipientes de lama para armazenar a pouca água da chuva. Ou podia ser simplesmente um peixe e mergulhar a até 25 m com os "Bajau" na Malásia para caçar em profundidade. Mas o que eu queria ser mesmo é uma águia na Mongólia, assim aprenderia como os homens "Cazaques" utilizam uma técnica milenar para caçar seu alimento. Imagina só que visão espetacular eu teria durante meu voo.... Pousar em terra firme, para quê? Teria que pensar mil vezes antes de tomar essa decisão!
A Flor do Deserto cresce numa ilha de nome estranho (Socrota), na região da Arábia, e sobrevive a um ambiente extremamente agreste, quente e castigado por fortes ventanias. O néctar de suas flores serve de alimento para aves e insetos. Desde os tempos antigos, o povo isolado do lugar vivia da pesca e dos rebanhos de cabra, além da colheita de tâmaras. Não é a toa que os beduínos sempre foram fortes e resistentes, como a flor (foto: Mark W. Moffet)
Pescadores do Laos arriscam a vida na cheia do rio Mekong. No sudeste asiático este extenso rio serve para irrigação, pesca e cultivo de arroz, base da alimentação na região. Infelizmente grande parte da população joga lixo diretamente nas águas do rio e as indústrias o poluem com metais pesados. Neste caso há um empate, pois o rio também luta pela sua sobrevivência! (foto: Allen)
Na Amazônia há mais de 10 mil plantas que podem virar comida ou remédio. Além disso, a tradição dos povos da floresta é a pesca e a caça. Alguns pratos regionais têm nomes indígenas, difíceis de entender: "Tacacá" (feito com farinha de tapioca, jambu e camarão),"Quibebe" (jerimum cozido, leite e castanha), "Chibé" (uma mistura de farinha de mandioca, água e mel), "Piracuí"(peixe assado com farinha do próprio peixe temperada), a lista não tem fim. (foto: uepa)
Numa tribo dos Quirquiz nas montanhas Pamir, no Afeganistão, a garota Ayeem Khan usa o véu vermelho (só para as solteiras) e veste as botas do pai para ordenhar os iaques 2 vezes ao dia. Uma parte desse leite vai virar coalhada seca para abastecer a família no inverno, quando os iaques produzem menos. As montanhas Pamir têm grandes altitudes, por isso as plantações são praticamente impossíveis e a alimentação tem que ser a base de leite e carne. (foto: Matthieu Paley)
Nas longas planícies de estepes da Mongólia, os nômades precisam laçar éguas selvagens para conseguir leite. Aliás, a cavalgada é o meio de transporte mais comum no país, onde as estradas são escassas. Eles poderiam até domesticar os animais, mas preferem lutar para obter o alimento que precisam. Gente de fibra! (foto: Timothy Allen)
Isso sim é um ambiente totalmente inóspito e hostil para se conseguir alimento. Ninguém na face da Terra devia ser submetido a situação tão degradante! No entanto, em Mombasa (no Quênia) essa mulher desafia a própria sobrevivência e a da filha buscando comida em um aterro (foto: Allen)