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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Ano Novo, Vida Nova? Nem sempre...


O ano está fechando as portas, então vamos dar mais um passo e seguir adiante, sem muitas delongas, e ponto. Final de ano é isso aí, correria, pessoas de um lado para o outro, sacolas nas mãos, ruas lotadas, lojas idem, mais sacolas, trânsito infernal.... Ei, e onde anda o tal espírito de natal e ano novo?  Certamente ficou perdido no meio desta confusão toda. Sinto falta de paz e um pouco de silêncio nessa época. Logo cedo percebi que papai Noel não existia. O velho e bom velhinho de bochechas rosadas, que sai pelo mundo distribuindo presentes e coisa e tal... Distribuir presentes não tem nada de mais, mas sem critério algum? Sempre me perguntei se ele realmente distribuía presentes para TODO MUNDO, inclusive os "maus", "egoístas", "ladrões"! Achava papai Noel alguém pouco confiável. Isso só deveria valer para as criancinhas pobres e abandonadas ao redor do mundo, isso sim. Por outro lado, como é que ele ia entrar na minha casa, que nem chaminé tinha, e as janelas a noite estavam sempre trancadas? Passei a desconfiar desse bom velhinho...

Ano novo, vida nova! Talvez... Se a minha (ou a sua) está bem resolvida, para quê querer outra? No dia 31 de dezembro todos ficam na expectativa de que, depois de 24 horas, tudo mudará para melhor. Em tese eu teria que sentir tudo isso em dobro, já que meu aniversário é um dia antes. Quanta pressão! Então que chegue logo o próximo ano, assim como um dia após o outro e vamos em frente! 
Para quem gosta de rezar, aí vai uma dica de R. Alves: "Deus, dá-me coragem para lutar para mudar coisas que podem ser mudadas. Dá-me tranquilidade para aceitar as coisas que não podem ser mudadas. E dá-me sabedoria para distinguir entre umas e outras. Amém." Está certo.
Sempre fiz uma lista de planos quentinhos para o novo ano, até perceber que o que eu mais planejava era o que menos acontecia, e o que eu menos esperava sempre me surpreendia! E geralmente com melhoras consideráveis em minha vida. Portanto, decidi que neste ano não farei nada disso. Seguirei firme em meus propósitos e espero ser surpreendida ainda mais pela frente. Ok, espero que algumas coisas mudem também, mas nem tanto assim. O que está bom, não se mexe. O resto vai depender pura e simplesmente da minha boa vontade. Não quero que o espírito do "TUDO NOVO" se apodere de mim ao ponto de mudar meu estado de espírito. Quero continuar sendo a pessoa que sou, bem humorada, otimista, e talvez um pouco menos ingênua ou ranzinza em algumas coisas. Não quero muito mais, só quero que as coisas continuem dando certo, sem mágicas. Este afinal é o mistério da vida e acho maravilhoso fazer parte disso tudo!

Para quem ainda não acertou o passo, sempre há tempo, é só pisar firme! Vamos todos adiante em mais essa jornada que se inicia, ou continua, depende..... FELIZ ANO NOVO e que a parte boa do natal dure o ano inteiro!!!!!!


Atenção: Plágio é crime, previsto na Lei 9.610/98
Obrigada pela sua compreensão e respeito

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A menina que aprendeu a viver na natureza

Quando li o artigo, que nem é tão recente, me lembrei na hora do livro "Mogli", e também dos meus sonhos de criança de viver na África! Tippi Degré ainda nem tinha nascido quando seus pais (Sylvie e Alain Degré, fotógrafos da National Geographic) decidiram se mudar para a Namíbia, na África, a trabalho na década de 90. Foram quase 13 anos vividos na selva africana, em contato com os animais que  muitas vezes conhecemos só em filmes. Desde pequena ela se sentia livre e fez logo grandes amizades com Abu (um elefante de 28 anos), J&B (um leopardo), um crocodilo, um avestruz,girafas, leões, zebras, sapos gigantes... Sua conexão com os animais era tão especial que ela ganhou mesmo o apelido de menina Mogli. Tippi desenvolveu relações de extrema confiança e em total sintonia com os animais selvagens, os quais chamava sempre pelo nome. Sua vida virou documentário e depois um livro. As únicas crianças por perto eram das tribos Basarawa e Himba, com quem aprendeu, entre outras coisas, a sobreviver comendo apenas frutos e raízes. Depois de morarem Madagascar, Tippi foi viver em Paris com seus pais, e aos 13 anos foi matriculada pela primeira vez em uma escola. Logo percebeu que não tinha nada em comum com as outras crianças. Pois a vida das crianças na cidade grande era bem diferente da sua na savana africana. Ela sabia tudo sobre diversos tipos de camaleões, mas não sabia nada sobre Harry Potter! Sabia muito bem se portar junto aos babuínos, mas se assustava com o metrô. Então ela voltou a ser educada em casa até se adaptar à nova vida. Quando completou 16 anos foi convidada pelo Discovery Channel a voltar à África para uma série de 6 documentários. Hoje, com 24 anos, Tippi estuda cinema na universidade Sorbonne. Quando criança ela costumava dizer: "Eu falo com os animais em minha cabeça, ou através dos meus olhos, do meu coração ou da minha alma, e eu sei que eles entendem e me respondem". 

Isso tudo me faz crer que levar uma vida em meio a natureza é um enorme aprendizado! 'Talvez', se eu tivesse seguido meu sonho de criança e fosse morar na África, 'talvez' eu tivesse tido filhos, e 'talvez' eles tivessem sido criados no meio da natureza (mas nem tão perto assim dos grandes animais). Talvez, talvez, talvez...... o mundo não é o que sonhamos ou imaginamos que ele seja. A vida neste mundo, sim, é uma experiência única para cada pessoa, assim como foi para Tippi!
Desde bebê, no mundo selvagem, Tippi considerava os elefantes como seus irmãos 'maiores'.

O leopardo era seu melhor amigo

Ela aprendeu a brincar com os membros das tribos Basarawa e Himba

Tirando um cochilo no colo de um lince...

Um sapo gigante típico do sul da África, um de seus 'amigos'

Todas as fotos foram tiradas por sua mãe, que relatou: "Tippi teve muita sorte. Ela sempre esteve muito a vontade com os animais... Apesar da vida maravilhosa que tínhamos, é claro que eu sentia receio e sempre coloquei a segurança dela em primeiro lugar. A foto em que ela está ao lado do filhote de leão Mufasa é maravilhosa! Voltamos depois de um ano da foto e ele estava enorme. Mufasa veio perto de Tippi e roçou sua longa cauda, como um gato faria, e ela quase caiu. Nesse dia tive medo, não me senti a vontade e levei-a embora... Usando sua inocência e imaginação, ela fez amizade com um dos gigantes do reino animal, o elefante africano Abu. Ela não percebia que era extremamente menor que ele, apenas queria conversar como fazia comigo! Não sentia nenhum medo. A tribo costumava dizer que Tippi era a 'menina que falava com os animais'.

 Esta foto já tem alguns anos, mas hoje, com 24 anos, Tippi estuda Cinema na Universidade Sorbonne. Apesar de viver na França, Tippi continua se sentindo uma mulher africana e já retornou várias vezes à África.