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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Viagem é uma viagem, e pronto!


Ah, como era boa a minha preguiça no fim da tarde ao chegar à praia do Peró, com suas águas de um azul hipnotizante...

Gente, viajar é tudo de bom! Não interessa muito o lugar e nem quanto tempo vai ficar - o que importa é sair! Não sei por que, mas isso sempre acontece quando eu acabo de chegar de uma viagem, já encarando a realidade novamente, mas também com a imaginação solta já pensando quando será a próxima. Não importa quanto tempo vai demorar. Uma coisa é certa: para sair do lugar, você tem que estar disposta a se desprender de tudo e aceitar as outras culturas como elas são. Tudo muito natural. 

Sempre desconfiei de quem diz que vai fazer uma viagem para "se encontrar", ou até um ano sabático, sabe-se lá. Poxa, tem alguém aí que ainda não cresceu? Viajar é muito legal, mas não tem a obrigação de mostrar o caminho das pedras para ninguém. É sim uma oportunidade e tanto de você ver o mundo sob uma outra perspectiva. Ninguém viaja como 'lobo mau' e volta como 'príncipe', ou viaja perdido na vida e volta cheio de ideias. Simplesmente a gente vai e volta, aproveita bastante, descansa, ou se cansa, sem graves sequelas. O que eu mais gosto em uma viagem (mesmo quando a grana está curta e só dá para ir na estrada da esquina), é conhecer lugares fascinantes e as pessoas que vivem lá, além da natureza diferente daquela do seu dia a dia. Há poucas coisas mais legais do que você acordar com um nascer do sol diferente, num lugar onde as pessoas são educadas por natureza, pisar descalça na grama, correr na praia ou subir numa montanha para ver os últimos raios do sol. É como ter asas, pisar num lugar talvez nunca antes pisado. Jogar uma pedra num lago azul e vê-la dar pulinhos até afundar. Encontrar uma linda cachoeira com água potável! Isso tem um nome bem legal: Liberdade, que combina com felicidade, que combina com viagem!

Mas é claro, tem gente que precisa dar a volta ao mundo dentro de si mesmo antes de fazer as malas e sair por aí. 

Olhar os rios que cortam a floresta amazônica lá de cima me fez sentir tão insignificante e ao mesmo tempo uma privilegiada

Não se assuste Peixe Frade! Eu só queria uma foto de recordação, e parece que você me ouviu quando chamei!




domingo, 22 de janeiro de 2017

Nossa casa, nosso refúgio

Um pouco instável talvez.... e requer um certo esforço para chegar lá depois de um dia duro de trabalho. Eu achei bem simpática esta casa sobre o rio Drina, que fica no caminho para Belgrado, na Sérvia.


Outro dia li uma frase que achei ótima: 'A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata e fiel do nosso mundo interior'. Acho que isso se encaixa perfeitamente no jeito de cada um morar, seja em casa ou apartamento, seja própria ou de aluguel. Afinal, depois que passamos da porta, o que menos interessa é quantos metros quadrados ela tem e sim como cada pedacinho é ocupado por nós. Viver as vezes é mesmo surreal, e ter um refúgio só seu, do seu jeito, é um alívio! 

Tem gente que gosta de tudo preto no branco, outros preferem uma casa alegre e colorida, já alguns gostam de ter vários quadros na parede, outros nenhum. Muitos espalham lembranças de vários lugares por onde andaram. Enquanto alguns são minimalistas, outros são expansionistas, e viva a diversidade!!! Confesso que tenho um pouco de tudo isso metodicamente misturado, mas nada esquizofrênico. E quando novas ideias surgem? Mudo tudo novamente num instante.
Na verdade, pouco importa a forma e o tamanho do lugar que escolhemos para ser nosso esconderijo "quase" secreto!

Esta casa de pedra em Portugal, onde foram aproveitadas duas pedras gigantes existentes na área, é de 1973. Eles construíram uma casa de pedra e concreto bem no meio. Mas devido ao grande número de curiosos no lugar, a família teve que se mudar de lá.













Uma casa-concha no México... nada mau, hein!
Ela foi construída para um jovem casal com dois filhos. Na casa não há quinas, só curvas, e tem um belo jardim interno que leva aos outros cômodos. 

                                                       






















Na Holanda uma antiga igreja foi comprada por um casal que resolveu adaptá-la para morar. O antigo altar foi transformado no escritório deles. A reforma durou cerca de um ano e ficou fantástica!















O arquiteto holandês Piet Blom soltou a imaginação ao fazer essas casas em cubo. Todas têm energia solar, e parecem captar os raios do sol de todos os lados ao mesmo tempo!


Mas eu ficaria bem feliz nesta casa de madeira e vidro nas montanhas....


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Assim é o Sri Lanka


Como um lugar tão pequeno pode ter mais de 2000 anos de cultura? Não é demais? Se a oportunidade de conhecer este país me caísse nas mãos agora, eu iria num piscar de olhos! Me fascinam tanto lugares simples pela sua sutileza como também aqueles exóticos demais, como Sri Lanka.
Colombo, além de capital, é também a maior cidade do país que fica pertinho da Índia. Aliás, não se engane com este pequeno país-ilha asiático, pois suas estradas são extensas, porém o percurso não é tão longo assim. E o que se encontra no caminho vale qualquer sacrifício: antigos templos, milhares de elefantes, búfalos da água, leopardos, todo tipo de primatas e árvores seculares. É verdade que boa parte dos turistas que vão ao Sri Lanka são atraídos pelos sítios arqueológicos e construções religiosas, como o Buda Gigante Avukana. Há também a fantástica fortaleza Sigirya, que serviu de locação para o vídeo clipe de "Save a Prayer", de Duran Duran. Nas montanhas da ilha há inúmeras plantações de chá (minha bebida preferida!) em sítios bucólicos cheios de gente feliz. Este pequeno país, antigo Ceilão, declarou sua independência de Portugal, Reino Unido e Holanda em 1948. Talvez pelo isolamento da ilha, seu povo alegre e solícito seja essencialmente budista, o que destoa numa região da Ásia tomada pelo Induísmo e Islamismo. Está aí um lugar incrível para visitar algum dia. Distância do Brasil? Apenas 14.813 km nos separam. Tudo é uma questão de planejamento financeiro e também de alma aberta para o novo. Afinal, Richard Bach tinha razão - Longe é um lugar que não existe!

No país 84% da população é budista.

A Fortaleza Sigirya, ou a rocha do leão, é um grande rochedo natural que se ergue no meio da selva. As cavernas e cavidades desta rocha foram usadas no terceiro século como refúgio de monges budistas.

Milhares de elefantes asiáticos são encontrados pelos caminhos e estradas do Sri Lanka

Plantações de chá, especialmente o chá preto (Darjeeling), fazem parte da cultura secular do país. Seu clima único dá aos chás um sabor meloso, amadeirado e profundamente perfumado!


E aí, vamos? A vida é pequena, mas o mundo é GRANDE!!!!


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Não, o mundo não vai acabar!


Entra ano, sai ano, é sempre a mesma história insuportável de que agora é pra valer - tudo vai pelos ares! Pois digo que não, o mundo não vai acabar, ainda bem. Tenho sido bastante cética ultimamente e confesso que duvido de muita coisa antes de acreditar. Mas sem essa de aderir ao ceticismo com o fim do mundo, definitivamente. Poxa, esse enorme planeta azul - no qual moramos de aluguel -  levou dezenas de milhares de anos para estar aqui. Não dá para sumir do mapa cósmico assim, num piscar de olhos. Por mais idiota que a humanidade seja, com seus infindáveis representantes do mal, da hipocrisia, da violência barata, da falsidade, façam questão de provar todo dia que vieram de outro planeta, não devemos nos deixar enganar. Afinal, os outros 50% da humanidade, a parte boa, ainda acredita que vale a pena viver por aqui. 

Há alguns anos li um artigo de um explorador americano que fez uma descoberta arqueológica em Xultúm, na Guatemala, sobre os antigos Maias que habitavam aquela região. E, ao contrário do que vem sendo interpretado há décadas, eles não profetizavam o fim do mundo. Por sorte, no meio da floresta coberto por terra há milênios, foi descoberto um antigo mural Maia. Além de pinturas do rei, havia toda uma parede recoberta de cálculos matemáticos baseados no calendário e na astronomia maias que avançavam 7 mil anos no futuro. Naquela época o colapso da civilização Maia já tinha começado. Eles vinculavam os eventos da vida aos grandes ciclos cósmicos e queriam provar com isso que o mundo, apesar de tudo, continuaria a existir. Para eles havia ciclos e, portanto, novos começos sempre - jamais fins absolutos.

Nós, das modernas gerações, é que nos preocupamos com o fim das coisas. Como se isso fosse resolver alguma coisa... Enquanto houver nesse mundo pessoas que acreditam que os fins justificam os meios, que bandido bom é na cadeia, e que uma vez preso o problema está resolvido e dane -se todo o resto, mesmo que a realidade prove o contrário.... para essas pessoas de pensamento equivocado pode ser que o mundo esteja mesmo chegando ao fim, infelizmente. 

Então eu proponho: vamos celebrar a continuidade da vida, passar por quantos ciclos forem preciso com alegria, leveza e sabedoria, por favor!