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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Por um outro ângulo

O passado já se foi, não tem volta, mas explica muita coisa. O futuro não me pertence, nem sei onde fica. Aliás, desconfio que ele nem exista!. A caminhada, essa sim me interessa. Aonde vai chegar não sei. Estou mais preocupada com o que vou encontrar pelo caminho, aprender algumas coisas, errar outras, e descartar o que não me interessa. Na tentativa de entender o presente, vou observando o passado por onde ando. Caminhando pelo Rio nas férias, vou tentando me abstrair de todos os problemas que a cidade carrega nas costas, mas lembro que o Rio também têm passado, muita história e beleza que já fez esta cidade ser maravilhosa! Todos fazemos parte dessa história, e temos a missão de, ao menos, tentar melhorar daqui pra frente. Olho as portas antigas, as ruas e calçadas do centro antigo, muitas com pedras portuguesas colocadas uma a uma pelos calceteiros. Esquinas por onde passavam carruagens e bondes elétricos, hoje passa o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que leva também ao Museu do Amanhã (será o tal futuro?). Partes da arquitetura gasta pelo tempo, que já passou por tanta coisa, mas teima em resistir a todo custo ao caos do presente. O passado me ensina, o presente eu aproveito para viver agora, o futuro é só uma miragem.... quando um dia eu chegar lá, então ele não será mais futuro, não é! As coisas vão e vêm como um eterno jogo. E não quero ficar no zero a zero no jogo da vida. Se der empate, que seja ao menos um a um!

 A fachada da Biblioteca Nacional, na Avenida Rio Branco. Foi construída para substituir a Livraria Real, que tem origem nas coleções de livros de D. João I e seu filho D. Duarte, e que foi destruída pelo incêndio logo após o terremoto de Lisboa em 1755






As mesas e cadeiras antigas da Casa Cavé foram projetadas pelo espanhol Cólon há mais de um século. A confeitaria mais antiga do Rio fica na esquina das ruas Uruguaiana e Sete de Setembro, no centro antigo do Rio. Parada obrigatória para quem gosta de saborear os doces típicos, e quem sabe até levar para casa delícias portuguesas como o famoso bolo rei, o jesuíta, o ratinho, a ferradura ou a leve brisa. Garanto que todos são de dar água na boca!

O teto do CCBB na rua 1º de Março é apenas um detalhe de seu estilo neoclássico. Foi idealizado por um arquiteto da Casa Imperial, Francisco Joaquim Bethencourt, e funcionou como Banco do Brasil até a década de 80, quando foi transformado no Centro Cultural Banco de Brasil.
                                                                                         
Aqui foi o antigo Supremo Tribunal Federal, edifício histórico em frente à Cinelândia, ao lado da Biblioteca Nacional. Tirei a foto do antigo plenário, onde juristas famosos da época vestiam suas togas e tomavam decisões importantes p/ o país. Hoje é o Centro Cultural da Justiça Federal, com um Café, exposições e uma biblioteca.           

 Num dia frio e chuvoso atípico passei pela Candelária. Uma simbólica igrejinha paroquial, com vista para a Baía de Guanabara, assim nasceu a Candelária no centro do Rio no início do século 18. Os altares foram esculpidos inicialmente por Mestre Valentim, artista de estilo rococó, na ocasião da visita do príncipe regente e futuro rei de Portugal D. João VI.

 

Um herói solitário olhando à distância o Pão de Açúcar.... O monumento em granito branco lembra os heróis brasileiros na Guerra do Paraguai.  Fica em uma praça da Urca, em frente a entrada do bondinho do Pão de Açúcar.
                                 

                   Da Praia Vermelha se tem uma visão única do Pão de Açúcar por um outro ângulo. Antigos moradores do Rio achavam impossível o acesso ao pico deste morro. Por isso foi um grande acontecimento quando uma senhora inglesa - Lady America Vespucia - escalou seus 395 metros de altura em 1817. E lá no alto de penhasco fincou uma bandeira da Grã Bretanha. A partir daí foram várias as tentativas de construir aum acesso ao topo do morro da Urca. O nome "Pão de Açúcar" é porque os portugueses acharam-no parecido com as formas de barro onde se colhia o caldo de cana nos engenhos coloniais.

Quase me sentindo uma pioneira, como Lady Vespucia, só de chegar lá em cima (mas não neste aí....). O primeiro bondinho subiu ao topo do Pão de Açúcar em 1913!

14 comentários:

  1. Já há muito tempo que quero visitar o Rio.
    Um destes dias isso acontecerá de certeza.

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    1. Certamente irá gostar Pedro!
      O Rio é lindo de se ver, admirar e sentir!
      Abs

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  2. Uma viagem de informação maravilhosa plena de cultura. Muito de Portugal tem o Brasil.Irmãos.

    Bjs

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    1. Países irmãos e, por isso mesmo, com tanta coisa em comum! Beijinho

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  3. Linda postagem, acho o Rio um lugar encantador, embora haja mesmo muito descaso por parte do governo, mas ainda é a cidade maravilhosa!
    Meu filho está por ai nessa semana a trabalho, ele sempre dá um jeito de ir e ficar pelo menos uma semana!
    Amei ler e ver seu belo trabalho por aqui linda Bia!
    Abraços apertados!

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    1. Olá Ivone
      O problema do Brasil como um todo é o "desgoverno", e o Rio sofre em demasiado com isso... Já não estou mais na cidade maravilhosa, infelizmente, mas em setembro eu volto para o Rock in Rio, he he!

      Bjs

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  4. Respostas
    1. Oi Manuela... A menina de Portugal que gosta das palavras bonitas em forma de poesia!

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  5. Oi Bia,
    A família de minha mãe é carioca, as faz um século que não vou ao RJ. Que saudade! Suas fotos estão encantadoras!
    Bjs

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    1. Pois é Betty, sou aquela carioca que mora longe e só vai ao Rio 2 ou 3 vezes ao ano, quando dá!
      Essas fotos foram das férias de julho, mas já deu saudade só de olhar de novo, he he...
      bj

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  6. Hello Bea,
    Lovely set of photos of a city and country I don't know!
    But I must admit that I flee large cities and much prefer nature ;)
    Warm hugs and enjoy your outings :)))

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    1. Hi Noushka!
      I really prefer nature much more than big cities, but sometimes I don't have a choice.... My city of birth is Rio and I miss all those beauties, rs rs. And now I'm living in another big city... Oh, if I could, I would live in the countryside, near the mountains and the shore at the same time! Some day.... Have a nice week with beautiful pictures!!!

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  7. Olá Beatriz, conheço muito mal o Rio e tenho muita vontade de voltar justamente para visitar tudo o que ficou por ver. Gosto de coisas do passado, são testemunhos que nos fazem viajar no tempo. Tenho a sorte de viver numa cidade velha , logo com muita história ara contar! O Rio, apesar dos pesares ainda é um cidade que encanta quem a visita, em termos de natureza, diria que é única mesmo! Quanto a Toronto, se vc chegar a ir, reserve um tempo para visitar a região de St Jacobs, o que eu fiz de bicicleta em vários dias, vc consegue fazer somente em 1 se for de carro, e sem pressas pois é tudo perto. É uma maravilha observar a vida dos Menonitas, fiquei com muita pena que não poder fotografar para partilhar com quem lê o Blog, mas há que respeitar. Beijo Bea!

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  8. Belíssima reportagem, querida Bia.
    Simplesmente, adorei.
    Tenho amigos desde a idade infantil que me convidam...
    Um dia, vou e voarei com gosto.
    Beijos
    ~~~

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