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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Quando o deserto foi floresta

Quem diria .... Entre 5 mil e 10 mil anos atrás o maior deserto do mundo era uma região cheia de bosques, savanas, lagos permanentes e vários animais. Inclusive já foram encontrados fósseis de grandes animais, como crocodilos, elefantes e hipopótamos (ou seja, animais que dependem basicamente da água). Restos antigos de anzóis também denunciam que habitantes há mais de 5 mil anos costumavam pescar por ali.


O deserto do Saara é dividido em 2 trechos, um dominado por dunas de areia (Erg) e o outro cheio de rochas (Hamadas), e compreende os países e territórios: Argélia, Níger, Saara Ocidental, Mali, Mauritânia, Marrocos, Chade, Egito, Líbia, Sudão e Tunísia. Cientistas acreditam que uma grande extensão de vegetação ocupava uma área onde hoje estão pelo menos  a Líbia, a Argélia e o Egito. O Saara de tornou verde quando a Terra saiu do longo período glacial.Com a incidência do sol forte as chuvas também vieram mais fortes, o que fez com que a vegetação crescesse vertiginosamente, reduzindo as emissões de poeira e diminuindo o reflexo da luz no solo. É este reflexo de luz solar - o albedo - o responsável pela aridez de qualquer região, além de sua cor creme clara.

O avanço do Saara vaporizou quase totalmente o antigo maior lago do mundo.O lago Chade ainda existe até hoje, resistente que é, mas 6 mil anos atrás ele era maior que os cinco grandes lagos americanos juntos. Ele chegou a ter 360 mil quilômetros quadrados!. Seu volume diminuiu drasticamente na década de 60. A maior parte de sua redução se deve às alterações climáticas no continente africano, além do consumo humano e do desmatamento.

Muitos acreditam que daqui a milhares de anos o ciclo se repetirá e o Saara voltará a ser verde novamente. Mas agora, diferente de 5 mil anos atrás, o fator humano tem um efeito devastador que vai além das variações naturais da Terra. Isso é preocupante não só para o Saara mas para todos os ambientes naturais do planeta.  Ainda assim, seja uma montanha, um oceano ou um deserto, em todas as coisas da natureza existe algo de maravilhoso!!!

Dunas de areia predominam em grande parte do deserto

O Saara ocupa todo o norte da África

Nem tudo é areia, mas tudo é deserto


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Viva a dúvida

Vou deixar aqui uma fala do físico Marcelo Gleiser, com a qual eu concordo plenamente:

"O fato de a gente não entender alguma coisa não significa que ela precise ser explicada de uma forma sobrenatural. A ciência vive da dúvida. E a gente não precisa entender tudo para se ter uma vida feliz e completa. Eu prefiro viver com a dúvida do que ser enganado por uma ilusão."



   

             

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Arquitetando

Mosaico de cacos de azulejo e conchas num pedaço de muro em Salvador, a caminho do mar...

Compreendemos tão pouco do que existe. Por isso certos traços e formas do que está por aí se destacam em meio a tudo. Assim como na natureza, onde detalhes minúsculos fazem toda a diferença na biodiversidade global (e onde eu adoro me perder), também nas cidades o ambiente construído desperta atenção. São detalhes que muitas vezes passam despercebidos em meio a multidão. E só quem caminha com os pés flutuando e a mente atenta consegue captar o que muitos não veem. 
A arquitetura, o desenho, as cores, a forma escolhida... nunca se sabe o que estava na cabeça de quem fez. Afinal, todo castelo nasce de um pensamento ou múltiplas reflexões, e o resultado é simplesmente uma experiência genuína! 

O detalhe desta fachada na Plaza Mayor, em Madri, é a combinação perfeita do real e do irreal!


Não sei o que se passava na cabeça de quem fez, mas o resultado ficou ótimo! Numa rua de Gramado, este telhado com tudo torto parece querer conversar com você! O óbvio aqui já não é evidente.


A fachada deste prédio de tijolos vermelhos na região central de Belo Horizonte mostra como a simplicidade é bela!


O Mosteiro dos Jerónimos às margens do rio Tejo, mesmo com sua idade avançada do século XVI é um dos mais belos da Europa..... tanto que não se pode traduzir em palavras....


A cúpula interna do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) no Rio é uma atração à parte quando se ilumina em tons de dourado. Sentar ali e tomar um bom café é quase uma obrigação!



Por esse chão eu andei.... flutuando