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domingo, 26 de agosto de 2018

Nada de outro mundo!



                                    

A vida é uma caixinha de surpresas, não tenho dúvida! Mas torço o nariz quando vejo alguém que sempre vê a vida como uma empreitada para o sucesso, como um recurso a ser explorado a qualquer custo. Duvida? Dá uma olhado para o lado, sempre vai ter alguém assim. Acreditam ser espiritualizadas de alguma forma (de preferência, sobrenatural) para conseguir prosperidade. Associam facilmente o sucesso ao universo espiritual. E assim seguem em busca do tal "Karma" que nunca encontram. Um eterno conflito. Chegam a questionar a sua existência e a do próprio universo se não conseguem o que desejam. Chega de conjecturas do mundo da fantasia. Acredito mais na luta do dia a dia, nas desilusões no trabalho, nos tapas na cara que a vida nos dá, nos pequenos acertos, na alegria de um sucesso - por menor que ele seja.

O que é prosperidade afinal? Sei lá. Faltei a aula de humanas. Só sei que é substantivo feminino! Há muita coisa por aí, do tipo: "Siga aqui os 10 passos para ter prosperidade na vida", ou "atinja a prosperidade com essas dicas infalíveis...", e por aí vai. A vida é uma constante busca por algo que nos deixe mais felizes e satisfeitos. Nada que seja de outro mundo, ou da estratosfera, que mereça um esforço de super herói, com honras e troféu no final. E quem disse que o universo conspira a nosso favor era um grande mentiroso. O universo não liga a mínima para nós! E cada um que se vire do jeito que der. Mas com sabedoria, por favor. Os chineses é que estavam certos: 'Lembre-se de cavar o poço bem antes de sentir sede'. 
Na dúvida, me  mantenho sempre perto de uma fonte de água...


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Não quero viver numa estufa!

A poluição desenfreada na era econômica está enviando CO2 em grandes quantidades para a atmosfera, e este é o gás estufa que mais contribui para o aquecimento global

Afinal, o que é esse fenômeno "Terra Estufa"? Seja lá como for, boa coisa não é! Percebo que a cada ano as temperaturas ficam mais malucas, ao ponto de não sabermos exatamente que tipo roupa levar numa viagem para um lugar que era frio de doer e agora não é mais, ou um lugar que está passando por nevascas cada vez mais congelantes! E para a população que vive nesses lugares inconstantes, isso tudo é assustador, sem saber como lidar com esse futuro incerto.  

Com o verão cada vez mais quente por aqui, não está fácil viver nos trópicos. O Hemisfério Norte sofre agora com temperaturas escaldantes e incêndios a perder de vista. O que fizemos para o planeta virar 'quase' uma estufa? Pesquisadores americanos concluíram que isso já é uma realidade e que estamos bem perto de viver com temperaturas mais elevadas, assim como o nível dos mares. Mesmo que os países que se prontificaram a reduzir as emissões de carbono atinjam suas metas, este é um caminho sem volta. O aquecimento global que vem ocorrendo até agora, e que deve continuar, já é capaz de mudar radicalmente algumas forças naturais da Terra. Essas forças, que até então nos protegiam, podem virar nossas inimigas. As florestas e os oceanos, por exemplo, são como uma esponja que absorvem mais de 4 bilhões de toneladas de carbono. Isso impede que o mesmo carbono vá direto  para a atmosfera, elevando a temperatura do planeta. Segundo os cientistas, se a temperatura da Terra alcançar 2Cº a mais do que os níveis de hoje, nosso futuro estará nas mãos de um sistema planetário totalmente desregrado. Ou seja, os oceanos e as florestas, que costumavam absorver tudo isso, passam então a emitir o carbono e aumentar ainda mais os níveis de aquecimento do planeta. 

Se, ao menos podemos dizer que há um lado positivo nisso, é que os efeitos mais catastróficos vão demorar mais de um século para serem sentidos. Isso mostra que a Terra é muito mais sensível do que pensávamos décadas atrás. Acho que devemos aprender com esses eventos climáticos extremos que já vivenciamos hoje para proteger as gerações que ainda nem nasceram...

Em meados de 1900, as geleiras do Ártico eram assim, praticamente inexploradas, um dos mistérios da natureza. Apenas 100 anos depois grande parte já se foi, após a exploração exaustiva do homem, provocando o agravamento das mudanças climáticas


Inundações frequentes estão entre os problemas de um mundo cada vez mais quente


Períodos de seca mais longos vão deixar regiões cada vez mais áridas e sem água


Um planeta saudável.....


Precisamos reajustar o nosso tipo de relação com o planeta. Como? É preciso parar de usar combustíveis fósseis até a metade desse século para ter algum resultado. Além disso, plantar mais e mais árvores, proteger as florestas que já existem e (por que não?) criar máquinas capazes de tirar o carbono do ar e mantê-lo limpo! Será que é querer muito???


sábado, 4 de agosto de 2018

Caminhadas urbanas

Na região portuária, no centro, o Museu do Amanhã se destaca num dia insistentemente azul!

Caminhar pelas ruas do Rio, especialmente no centro, é um dos meus passatempos preferidos quando estou na cidade. Afinal, por ali passaram imperadores, barões, pessoas de todos os lugares, gente importante ou nem tanto, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal. Houve uma época em que o Rio era o Brasil e o Brasil era o Rio, simples assim. A história toda começou ali, cantada em prosa e verso até hoje. Apesar dos desmandos seguidos dos governantes inescrupulosos, o Rio continua lindo - pois a beleza natural não tem como tirar, ou roubar... Como não se encantar com a rua do Ouvidor (na época do império havia alguém ali para ouvir as reclamações), onde fica a Casa Manon, famosa pelos "madrilenhos", delicioso doce com creme de confeiteiro e goiabada? O Beco dos Barbeiros (0nde os homens costumavam fazer a barba) entre a rua Primeiro de Março e a rua do Carmo é sui generis! A rua dos Açougues então, nem precisa explicar muito, he he. E a rua Gonçalves Dias, onde fica a famosa Confeitaria Colombo? Nos tempos da colônia, as ruas do Rio recebiam o nome de seu morador mais ilustre ou de quem ali exercia seu ofício, ou mesmo da igreja mais importante. Isso sem falar nas poucas construções que ainda restam dos áureos tempos e das estátuas em homenagem a músicos, artistas ou alguém importante. Apreciar tudo isso, faça chuva ou faça sol, não teria graça se não tivesse também o burburinho das pessoas. É gente pra todo lado, vendedores ambulantes, trabalhadores apressados, gente como a gente. Falam alto, assoviam, pedem licença, te atropelam, fingem espanto, riem, tocam percussão no meio da calçada, uma grande e divertida confusão! Por isso gosto das caminhadas urbanas, recheadas de cenas inusitadas, imagens únicas e muita emoção. Haja coração para andar pelas ruas do Rio!!!





Um skate gigante no meio do caminho, perto do Arco do Teles, indo para o Centro Cultural Banco do Brasil.












Estátua em homenagem a Dom João VI na Praça 15, que dá acesso às barcas que atravessam a Baía da Guanabara










O Beco dos Barbeiros fica perto do Paço Imperial bem no centro do Rio. Fico imaginando como seria naquela época.....as pessoas que queriam cortar cabelo se dirigiam para este lugar!








A estátua de bronze na Travessa do Ouvidor relembra o eterno Pixinguinha, frequentador do bar Gouvea, ali em frente, onde costumava se reunir com os amigos boêmios e compor músicas, como "Carinhoso"




Das antigas confeitarias do Rio,  a Casa Cavé é minha preferida. Desde 1860, com doces tradicionais portugueses e o famoso chá da tarde com torradas de pão Petrópolis, foi muito frequentada por Carlos Drumond de Andrade e Tarcila do Amaral.






Passando pela av. Rio Branco, resolvo entrar no edifício Marquês de Herval onde está a famosa escada em caracol, com seu painel de mosaico cerâmico de Paulo Werneck. No andar abaixo tem um dos "sebos" de livros mais antigos do Rio





Olha só o que eu encontrei na zona portuária? Um homem-árvore coberto de folhas, caminhando tranquilamente em direção às barraquinhas de hot-dog!


 No fim do dia nada melhor que ir até o final da praia e descansar no Forte de Copacabana tomando um delicioso capuccino!