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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Buongiorno a tutti!

Vista de um "roof top" na Via del Tritone, no centro de Roma. O jeito dos romanos viverem em seus terraços cheios de sol e de plantas!

Talvez viajar não seja a melhor coisa do mundo, dentre tantas coisas mais importantes nessa vida... Mas para mim, e meu parceiro de vida e viagens, está entre as "top 5"! Não, não falo daquelas pessoas que ficam marcando no mapa TODOS os milhares de lugares por onde andaram, mesmo por que é preciso ter cacife para tanto, hehe. Como um conhecido meu me disse uma vez: 'Conheci 8 países em 10 dias, foi incrível'! Uhuuu, que bom para ele. Porém, acredito que as vezes é preciso sacudir um pouco a vida, trilhar outras estradas, singrar outros mares, conviver com pessoas diferentes, falar outras línguas. E isso leva tempo, em certos lugares até mais que outros. Não dá para fazer uma viagem do tipo "trem bala" só para marcar no mapa. O tempo é muito precioso, e por isso não pode ser desperdiçado. Tem que ser prolongado, isso sim. Pesquisar antes de viajar facilita muita coisa, como taxas cobradas em certos lugares, meios de transporte e horários de funcionamento. Mas algumas vezes somos levados ao erro, e a realidade não condiz com as informações pesquisadas. No entanto, a frustração inicial pode se transformar numa experiência fantástica se soubermos aproveitar e dar a volta por cima. Na última viagem, quando chegamos à Roma, o hotel moderninho que tínhamos contratado na internet, na verdade era um hostel bem simples com o mesmo nome (tirando só uma letra), no mesmo bairro, na mesma rua, a menos de 100 metros de distância! A porta de vidro para entrar no prédio (todo pichado) estava sempre emperrada e quase quebramos a chave uma vez, pois só abria na base do empurrão. A janela do nosso quarto dava para os fundos do prédio e o pátio de um mercado, que abria todo dia às 7:00 da manhã, com seu dono falando em alto e bom som para toda a vizinhança: "Buongiorno a tutti. Il mercato è aperto. Cosa vogliono oggi?", e toda aquela sinfonia de vendedores e clientes falando e rindo o tempo todo. Mas nada que um daqueles tampões de ouvido baratos na farmácia ao lado não resolva. Depois ainda ficamos fregueses do supermercado, onde comprávamos sempre biscoitos, bilhetes do metrô, água e suco para abastecer nosso quarto, que não tinha nem o básico. Mas quer coisa melhor do que praticar italiano com a própria dona da casa, uma simpática romana com seu filhinho, que nos dava dicas incríveis que não vi em nenhum guia de Roma? E ainda nos levava todo dia na bandeja um farto café da manhã no quarto? Aliás, o melhor cappuccino que já tomei, diga-se de passagem. Só íamos almoçar lá pelas tantas da tarde, depois de andar metade da cidade a pé! Ah, nosso hostel-casa em Roma ficava a 200 metros da estação de trem de Trastevere, e dali há trens para quase todo lugar. Melhor lugar não há! Claro, ainda não estive em todo lugar, mas certamente está na minha lista!
É por essas e outras que quando eu digo que 11 dias só na cidade eterna foi pouco, ninguém acredita!