







Sempre que posso me refiro a Abrolhos, lugar magnífico no Atlântico Sul repleto de vida marinha. Ainda mais quando se tem notícia do esforço de cientistas para preservar algumas espécies. Ao contrário do que acontece no Caribe e América do Norte, aqui no Brasil (Atlântico sul ocidental) ainda é escassa a informação sobre épocas e locais de reprodução de peixes ameaçados e com grande valor comercial (das famílias dos badejos e garoupas, por exemplo). Para nós biólogos, quanto mais conhecemos sobre certas espécies ameaçadas e comercialmente valorizadas, mais fácil conseguimos manter a conservação delas e também o seu uso racional. Recentemente um grupo de pesquisadores brasileiros publicou um artigo científico que pode ajudar na recuperação dessas espécies. Eles passaram dois anos e meio em Abrolhos para conduzir a pesquisa. É uma pena que em nosso país haja uma total desorganização dos órgãos públicos responsáveis pela pesca. E, infelizmente, ainda falta muita informação para a formulação de políticas adequadas de uso sustentável. O tempo em que passei em Abrolhos como voluntária, várias pesquisas rolaram, como de aves marinhas, peixes de fundo, baleias e tartarugas. Realmente, se não fossem esses trabalhos, onde as pessoas doam parte do seu tempo para ajudar.... Não posso dizer que o país não dá valor à ciência, pois hoje em dia há muito mais pesquisas em andamento que anos atrás. Mas ainda é muito insipiente em termos de ajuda financeira. Espero voltar a Abrolhos e ver toda aquela explosão de cores e vida, submersa ou não, totalmente preservada! Pois assim devem ser os pequenos paraísos na Terra......