Na despedida de Corumbau, nada melhor do que parar num restaurante bem simples e típico do lugar, com estacionamento de "jegue" na porta, e tomar uma, duas, três águas de coco bem geladas! Eis aí nosso combustível para continuar a caminhada...
As águas cristalinas de Corumbau, o azul do céu e mar e suas areias branquinhas.....nenhuma foto consegue mostrar, só mesmo estando lá, ao vivo e à cores!!!
Final do dia e já estamos em Corumbau, ufa! Dormimos em uma pousada bem simples nesta praia. No dia seguinte o céu e o mar estavam estupidamente azuis!
Logo na entrada da aldeia, uma indiazinha nos recebe toda sorridente oferecendo colares de semente de Pau-Brasil. Sua carinha redonda e seu jeito tímido nos encantou!
É claro que antes de partir da aldeia rolou muita troca de bonés, cintos, camisetas. Eu acabei trocando meu chapéu de pano branco por um prato e um garfo feitos de Pau-Brasil.
Uma pausa para conversar com o cacique e ouvir suas histórias, reclamações da FUNAI, do governo.....mas também sua vida, a caça, os peixes...
Aqui já estamos quase chegando a Corumbau. O sul da Bahia é pontilhado de rios, todos desesperados para chegar até o mar!
Uma pausa para descanso bem no alto, enquanto lá embaixo a maré desce lentamente...
Na hora de ir embora de Caraíva, onde está o barco? Pronto, mais um banho de rio! Tivemos que atravessar com a água pela cintura, driblando a correnteza e levantando a mochila com as mãos!
As casinhas de Caraiva são bem coloridas e pintadas com artesanato local, usando folhas de coqueiro, palha de coco e cola feita com cores da areia do lugar.
E assim caminha a humanidade rumo a Corumbau, sul da Bahia. Com um olho na terra e outro no mar, certos trechos da praia ficam inviáveis para passar na maré alta. Adoro quando isso acontece, se estou mais animada vou passando com a água no meio da perna! Ou então, é só levantar a poeira e dar a volta por cima, literalmente. Neste ponto é bem provável que você já esteja em terras indígenas. Ali vivem os "Pataxo" em torno do Monte Pascoal. Agora o espírito aventureiro vem à tona, e é claro que eu não podia deixar de visitar a aldeia "Barra Velha", na parte baixa da praia. Mesmo um tanto quanto aculturados, os índios merecem muito o nosso respeito. Recomendo conhecer o cacique. Mostre interesse pelo seu povo, sua história e não se esqueça de agradecer na saída! Saindo das terras do Parque Nacional do Monte Pascoal chegamos à Caraíva. Ali já foi refúgio dos dissidentes hippies. Hoje é uma vila badalada, espremida entre o rio e o mar. Ficamos ali dois dias, pois vale muito a pena. Na hora de ir embora é só atravessar mais um rio! Do outro lado, a paz tão esperada e já longe do burburinho que ficou para trás. Próxima parada? Curuípe, aí vamos nós!!!