A Usina dos Bragas é uma antiga usina em estilo suíço, feita pelos alemães que vieram para o Brasil após a 1º guerra, atraídos pelo clima favorável. Desativada em 1961, hoje é um ótimo lugar para canoagem, natação e pesca. Fica a 7 km do centro da cidade de Itamonte e sua casa de máquinas ainda guarda parte do maquinário da década de 30.
Tirei esta foto da represa da Usina dos Bragas. Ao fundo ela termina em forma de cachoeira e é o cartão postal de Itamonte.
No entorno do Parque Itatiaia há vários trechos com nascentes de água. Não se atreva a entrar ali no inverno, a água é muito fria e nunca se sabe a real profundidade.
Em Campo Redondo é assim, todo mundo ajuda a colher sementes de pinhão para trocar com a comunidade que vive do outro lado da montanha. Desta forma, as espécies diferentes de pinheiros podem conviver em harmonia e não há o isolamento geográfico.
Do alto da serra, em meio a um bosque de pinheiros araucárias, podemos ver ao longe o caminho que nos resta percorrer....
A Cachoeira da Fragária pode ser vista do alto de uma estrada de terra a caminho de Campo Redondo. Cercada de resquícios de mata atlântica e araucárias, é um convite descer andando até sua base.
A Casa de Pedra foi construída a mando de Getúlio Vargas em 1932, durante a Revolução Constitucionalista. Serviria como um Bunker, caso houvesse um ataque ao Palácio do governo (????). Fica na Rodovia das Flores (BR-485, a mais alta do Brasil). Nos anos 50, Itatiaia abrigou vários fugitivos nazistas, que depois foram se refugiar no Paraguai e na Argentina.
Um jardim de flores capuchinhas no alto da serra, que são colhidas na primavera para fazer deliciosas saladas!
Depois de colhidas, as flores vão ao prato. Uma opção é se hospedar, ou pelo menos almoçar, no Hotel São Gotardo, em frente ao portão de entrada do Parque Nacional Itatiaia. Na primavera o hotel costuma promover o festival das flores, com um cardápio inusitado: Salada de frutas e flores capuchinha, salada de manga e coco com flores de violeta, filé de truta com pinhão e amor-perfeito, e ainda sorvete de rosas.
A Pousada Vila Minas fica às margens de um rio cheio de pedras e bem no começo da Volta dos 80. Ali há todo artesanato e decoração feitos de bambú, desde o preparo da matéria prima até o produto final. Também são produzidos tapetes coloridos tipo Kilim em tear manual. Vale a pena conferir!
Mapa da região cedido gentilmente pela pousada Ribeirão do Ouro (www.ribeiraodoouro.com.br)
Já faz algum tempo que fiz a "Volta dos 80", um percurso circular de 80 km passando pela linda Serra da Mantiqueira! Partimos de Itamonte (cidade no alto da Serra). Indo em direção a Itanhandu, procurar a "Pousada Vila Minas" (http://www.vilaminas.com.br), ótimo local para se hospedar às margens de um rio cheio de pedras e onde se faz arte com bambú e tapetes de tear. Seguir por uma das rodovias mais altas do país, a BR 354, em direção a Garganta do Registro (divisa dos Estados do Rio e Minas Gerais). Dali pode-se seguir em diração ao Parque Itatiaia, parar no hotel São Gotardo (www.hotelsaogotardo.com.br) para experimentar uma salada feita de flores ou conhecer a casa de Pedra, refúgio de Getúlio Vargas na década de 30. Depois é só voltar e seguir por uma estrada rural até Vargem Grande. Um veículo com tração nas 4 rodas é o ideal, já que os longos trechos de terra e pedra exigem alguma habilidade. Lá no alto, como o clima é tropical de altitude ainda se encontram florestas de araucárias, como a Serra Negra. A próxima parada é a belíssima Cachoeira da Fragária, que pode ser vista do alto da estrada de terra. Pergunte a algum andarilho qual o caminho para Campo Redondo (km 27), vilarejo escondido no alto das montanhas (difícil encontrá-lo nos mapas oficiais!). Depois de conhecer a 'gente simples' do local e experimentar os queijos maravilhosos, é só continuar no sentido da Cachoeirinha e seguir para a "Pousada dos Lobos" (http://www.pousadadoslobos.com.br). Ali a comida é simples, servida no fogão a lenha e há ótimos chalés para pernoitar. Agora só há um caminho, a Usina dos Bragas, já quase chegando a Itamonte novamente. Assim fechamos a nossa Volta dos 80 com chave de ouro! A bela Serra da Mantiqueira (a 'serra que chora', segundo uma lenda indígena) é farta de belezas naturais e precisamos mantê-la assim, sempre viva, e sem deixar nossos rastros pelo caminho.