"E no mar estava escrita uma cidade". O mesmo amanhecer em Copa e lá está ele a observar a vida e o mar...
O Forte de Copacabana, bem perto do olhar atento de Carlos Drumond de Andrade, há poucos metros dali!
O premiado ilustrador francês Edmond Baudoin se inspirou no morro da Urca para homenagear a cidade.
Outro francês, diretor de L'Association, desenhou o Rio segundo seu ponto de vista!
Para mim, o mar de morros se mistura com o mar e forma a mais linda paisagem... Já Drumond diria "As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão"
O amanhecer em Copacabana às 7 horas, dia nublado, sem chuva, me convida a uma caminhada até o Leme. Não fui. Aliás, só até a metade. Pois, assim como Drumond costumava dizer: "A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca".
Este é o meu olhar sobre o Rio..., da praia Vermelha olhando o morro da Urca....
Todos temos um olhar diferente sobre uma mesma cidade. Com o Rio não é diferente. Desperta raiva, amores, dores, desejos sem fim. A cidade, odiada por uns e amada por muitos, também influenciou e foi influenciada por Carlos Drumond. O poeta tímido que vivia andando por Copacabana a olhar vitrines, tomar um café, ler um jornal ou caminhar pela praia. Dia 31 de outubro, data de seu nascimento, é o dia "D" de Drumond, com apresentações, debates, filmes e exposições em todo o Brasil. Ele tinha um olhar peculiar sobre esta cidade que escolheu para viver. E assim foi feliz. Pois para ele "ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade".
Quem esteve na Rio Comicon na última semana também viu um outro olhar sobre o Rio. Artistas de diversas partes do mundo colocaram em papel e tinta sua visão da cidade maravilhosa. E então desenhos inusitados surgiram, uns dramáticos, outros alegres como o samba, todos belos!
A vida é bela? Sim. A vida é chata? Sim. Rotina? Também. E daí? Posso estar no Rio, no inteior de Goiás, em uma ilha no meio do oceano. Tudo é igual e diferente. Basta saber adaptar o olhar e viver de um outro jeito. Mudanças são sempre bem vindas em minha vida, sempre somam alguma coisa. As vezes é preciso ficar ausente para enxergar lá dentro o que ninguém vê. E depois saber voltar sempre inteira. Ai, ai, cá estou a divagar.....
Então deixo aqui um pouco de Drumond, pra variar:
"Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço, e invento exclamações alegres, porque a ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim!"
A vida é bela? Sim. A vida é chata? Sim. Rotina? Também. E daí? Posso estar no Rio, no inteior de Goiás, em uma ilha no meio do oceano. Tudo é igual e diferente. Basta saber adaptar o olhar e viver de um outro jeito. Mudanças são sempre bem vindas em minha vida, sempre somam alguma coisa. As vezes é preciso ficar ausente para enxergar lá dentro o que ninguém vê. E depois saber voltar sempre inteira. Ai, ai, cá estou a divagar.....
Então deixo aqui um pouco de Drumond, pra variar:
"Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço, e invento exclamações alegres, porque a ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim!"