Mosaicos ultra coloridos, traços inusitados, um tremendo senso estético e, claro, uma pitada de loucura. Pronto, fiquei completamente encantada, para não dizer apaixonada por Antoni Gaudí. Este arquiteto que deu forma à Catalunha, nasceu em Tarragona em 1852 e morreu em Barcelona 74 anos depois (após ser atropelado por um bonde ao sair de bicicleta da Sagrada Família). O cara era mesmo um gênio e não tem como negar isso. Principalmente quando se fica cara a cara com suas obras. Quantas vezes fiquei sentada no chão, boquiaberta por longos minutos tentando decifrar cada pedacinho de mosaico, cada curva do teto, cada bicho colorido, cada flor de concreto se abrindo na cúpula das torres.......desisto. E concluo o óbvio: todo gênio é indecifrável!
No subsolo da Basílica da Sagrada Família é possível ver através do vidro réplicas da obra de Gaudí saídas diretamente daquelas impressoras 3D, impressionante! E ali até hoje estão presentes o autor e sua obra. Sim, Antoni Gaudí está enterrado no subsolo de sua maior obra, a Sagrada Família!
Ele costumava dizer: "Nós, catalães, estamos na metade, somos gente equilibrada com qualidades que podem se transformar em defeitos: sendo equilibrados, adaptamo-nos a todas as situações."
Detalhes coloridos que saem das torres da Basílica são como flores desabrochando no meio do concreto. Loucura isso, não?!
Através da abertura de uma das torres da Sagrada Família, podemos ver outras "flores" de concreto começando a nascer, assim, do nada!!!!
Detalhes dos vitrais vistos do lado de fora. Tudo ali foi meticulosamente pensado, desenhado e esculpido pelas mãos mágicas deste artista- arquiteto.
Escada em caracol para passar de uma torre à outra. Ah, que eu quase fico tonta ao descer tão rápido! Melhor parar, respirar fundo e ir mais devagar......
Aqui, tive que me deitar no chão para fotografar o teto do grande salão feito de mosaicos de todas as cores!
Pequeno detalhe no alto das colunas....
Pequeno detalhe no alto das colunas....
O Parc Güell, com sua paisagem imaginária e evocações ao mundo grego, dá forma a uma ideologia que vive em contraste com a inquietude da metrópole.
O lagarto (ou dragão) de mosaico, um dos símbolos do Parc Güell
Seus animais imaginários, saindo do meio dos mosaicos coloridos, estão expostos ao ar livre no Parc Güell. Trazem graça e harmonia a este parque público tão visitado.
Um telhado "sui generis"
Um telhado "sui generis"
Essas colunas inclinadas são do viaduto do Algarrobo. Alguns acham que se parecem com troncos de árvores petrificadas. Para mim, parece um tubo de onda visto por dentro, que tal? Gaudí não gostava de nada reto. Uma vez perguntaram-lhe porque fazia as colunas assim, tortas. E ele respondeu que um homem velho, quando quer descansar, apoia sua bengala inclinada, se não quiser cair direto ao chão. Ah, bom!
Um cantinho no interior da Basílica dedicado ao Espírito Santo, feito com uma concha gigante de madre pérola, onde se lavavam as mãos.
Gaudi morou num casa, dentro do Parc Güell. E só depois que seu pai faleceu, ele se mudou para dentro da Sagrada Família para prosseguir com sua obra. A região da Catalunha era a sua "menina dos olhos"! Será que se hoje ele
fosse vivo também desejaria a independência da Catalunha da monarquia
espanhola? Ele dizia: "Nós não podemos desejar a morte da Espanha porque nós somos a Espanha. A bandeira espanhola é metade catalã. O nome, a bandeira e a moeda são nossos!"
E assim, em meio a colunas "gregas" do Parc Güell, mosaicos no teto, animais coloridos para todo lado, fico aqui sonhando e me deixo levar pelo estilo mourisco, Art Nouveau e, porque não, surreal de Antoni Gaudí!
E assim, em meio a colunas "gregas" do Parc Güell, mosaicos no teto, animais coloridos para todo lado, fico aqui sonhando e me deixo levar pelo estilo mourisco, Art Nouveau e, porque não, surreal de Antoni Gaudí!