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quarta-feira, 20 de maio de 2020

2 meses...


Sigo aqui pensando e  refletindo durante a quarentena, e olha que já são 2 meses! Assim, ficando em casa, sobra tempo para pensar em como estamos lidando com tudo que nos cerca. Há menos dióxido de carbono no ar, os animais selvagens estão momentaneamente mais seguros, a poluição está menor, e isso é ótimo. Mas, segundo os próprios cientistas, ainda é muito pouco, pois deveríamos mudar nossa maneira de viver para sempre. Já estamos usando um planeta e meio, o problema é que só temos um! Não é desesperador? 
Essa é a Era da transformação. Se não fizermos nada agora para reverter a degradação que há hoje, teremos cada vez mais epidemias e desastres naturais, e em grandes proporções! É preciso desenvolver novas infraestruturas de energia, transporte e comunicação, reorganizar nossa sociedade e nossa economia. Só assim iremos mudar a maneira como nos relacionamos com o planeta. Se não ganharmos resiliência, não vamos conseguir enfrentar o que vem depois, e pode ser uma grande epidemia. A instalação de sistemas de esgotos em áreas onde não existe a menor infraestrutura combate sim as mudanças climáticas, mas combate principalmente as doenças e desigualdades. O mar não precisa subir muito em termos de derretimento das calotas polares. A água está esquentando de fato. E o próprio calor ocupa mais espaço, pois as moléculas de água se expandem simplesmente, e isso já é o suficiente para aumentar o volume. É bom que todos saibamos nadar muito bem, porque a maré alta vem aí!


quinta-feira, 7 de maio de 2020

TEMPOS ESTRANHOS

Faz tempo que não saía de dentro de mim nem para olhar a lua. E lá se vão 50 dias! Há tantos significados incríveis que se abrem agora num mar sem fim nesses tempos estranhos de Quarentena. Muito triste e dramático o que está acontecendo no mundo. É claro que quem pode está em casa, trabalhando, e ninguém está dando pulos de alegria com isso, enquanto o mundo está desmoronando lá fora. É das pessoas que estão em casa que quero falar hoje. Adaptação é a palavra chave. Desde Darwin já sabemos que o ser humano é facilmente adaptável às circunstâncias ambientais. A ocasião faz a necessidade de se aquietar e ponto, não há o que discutir com a ciência. Não há dúvida que um espírito livre de fato não precisa estar sempre correndo lá fora, escalando montanhas, nadando em rios e lagos, caminhando no parque, ou, simplesmente atravessando a rua. A liberdade aqui ganha uma outra dimensão. Como é bom abrir a janela e deixar o sol entrar com toda a sua força, colocar aquela música bem alta e escutar pela casa toda, sentar na sala e tentar lembrar da Yoga, acabar de ler todos os livros que ficaram pela metade, descobrir um novo curso online, estudar mais, pesquisar mais (sobre pandemias de séculos passados, que seja), assistir mais documentários, montar uma lista de filmes "cabeça" da Netflix e depois escolher um outro "nada a ver" só pra relaxar, aprender novas receitas na cozinha e comer aquele pão sem graça que você mesma fez, reciclar as roupas do armário, pintar camisetas velhas e dar-lhes cara de nova. Pronto, já estou cansada com tanta liberdade que adquiri recentemente. E nesses tempos estranhos escolhi seguir remando.... aqui mesmo, no rio dentro de mim!