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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Longe? Não!


"Quanto mais longe da escrivaninha melhor" - costumava dizer um aventureiro americano crônico que vivia a vida intensamente! E este foi meu lema durante algum tempo, que já ficou lá atrás. Hoje vejo que ficou mais fácil se equilibrar entre os sonhos, a escrivaninha e o mar aberto cheio de planos. A vida também é feita de extremos e não podemos deixar de enfrentá-los!



domingo, 17 de julho de 2016

Ao longo da estrada


Já reparou como somos cercados de "se" o tempo todo? As vezes isso se torna um verdadeiro inferno. Ainda bem que agora nem tanto, já foi mais. Conversa de doido? Talvez.... E se eu tivesse feito aquele Master Science em Wyoming "séculos" atrás? E se eu tivesse me dedicado a um esporte Olímpico aos 5 anos de idade? E se eu tivesse passado naquele concurso público? E se eu fosse mais firme com minhas dúvidas? E se eu não tivesse desistido de ser veterinária na hora do vestibular? E se a vida fosse fácil?

Os dias vão passando e esses "se" vão sumindo de nossas vidas, ainda bem. Vamos atravessando portas e encontrando novas janelas ao longo da estrada. Como diria um sábio: os anos ensinam o que os dias jamais saberiam. Procuramos evoluir enquanto vamos envelhecendo, não tem saída. E quem disse que envelhecer é chato? Todos vamos chegar lá um dia! Mesmo porque, a outra opção não me parece nada agradável. Então, sem essa de ficar olhando para trás o tempo todo, repensando mil maneiras de ter feito o que não fez! Melhor é viver no futuro que no passado. Muito mais estimulante é ter planos, aprender um pouco mais e vibrar com os resultados - quer coisa melhor?! Ter amigos é importante, só os de verdade, vale lembrar. Mesmo que em outro bairro, outra cidade, outro país. Por enquanto, nenhum em outro planeta... A vida faz assim, vamos nos tornando pessoas maduras, mas diferentes umas das outras. O que é a diversidade, não! Importante é não perder o contato, e nunca deixar para amanhã, pois o amanhã pode não existir. Mas o "hoje" está aí, fácil fácil, é só não deixar escapar!



sábado, 9 de julho de 2016

Belarús

Castelo de Mir, com seu estilo gótico, é um patrimônio da humanidade da UNESCO

Há recantos no mundo pouco conhecidos, mas nem por isso pouco interessantes. Este vasto mundo por vezes me desperta uma curiosidade além das possibilidades, mas vamos lá... Assistindo a uma entrevista com a tímida escritora bielorrussa Svetlana Alexiévitch, que recebeu o Nobel de literatura em 2015 e esteve na FLIP em Parati, quis conhecer um pouquinho deste pais que se tornou independente da União Soviética nos anos 90. Tenho uma tia, cujo pai era russo, e me recordo vagamente dela falando sobre o carismático e sentimental povo soviético.

Belarús (antiga Bielorrússia) é um remoto país entre a Polônia, Lituânia, Ucrânia e Rússia. Países como, este cheios de história e resistência, são encantadores. Um pouco longe, confesso, mas quem sabe um dia... O país parece blindado do resto do mundo, mas já passou pela mão de ferro da antiga União Soviética e foi uma resistência importante dos judeus contra os nazistas em Minsk. Tenho uma vontade imensa de conhecer os países a Oriente. Deve ser fantástico você chegar num lugar e não ver nenhuma pessoa de seu próprio país, muito menos falando a sua língua ou outra parecida. Os países ocidentais são também maravilhosos, mas a globalização acaba fazendo com que fiquem todos iguais, só muda a paisagem! Ali não. O que mais me chama a atenção é que quase metade de seu território (40%) é coberto por florestas e pântanos; isso não é fantástico?! A maior parte da população, pouco mais de 9 milhões de pessoas, vive em áreas urbanas, principalmente nos arredores de Minsk. Mas não foi fácil viver lá por um tempo. No final da década de 80 o país ficou exposto em grande parte à cinza nuclear da explosão de Chernobyl. E na 2º Guerra Mundial foi o país mais atingido pelos nazistas, invasão que devastou praticamente toda sua população judaica e destruiu nada menos que 209 das 290 cidades existentes. Curiosidades à parte, pessoas daquele país dizem que os eslavos usam a sacada dos apartamentos para guardar quase tudo, desde trenó, esqui, bicicleta, até utensílios, já que não há área de serviço, como aqui. No inverno a sacada é usada como geladeira!!!??? Muito prático, não!? Depois que se separaram da União Soviética, os eslavos começaram a usar a expressão "reforma europeia" (em russo: eBpoPeMoHT - Yevraryemónt), que significa basicamente pintar as paredes no estilo europeu e deixar um pouco de lado o tão usado papel de parede. 

Em um país que por tanto tempo ficou sob o domínio da falecida URSS, não é de se estranhar que falem mais russo que a própria língua local, que a KGB ainda continue funcionando, que os mendigos leiam Dostoiévski (verdade!) e onde os faxineiros falam pelo menos 4 idiomas. Apesar de ainda ser governado por  Lukachenko, ditador de resquícios comunistas, Belarus é um país surpreendente e muito simpático, com toda a sua história de luta e seu povo simples e amável. Pronto, já estou apaixonada de novo... como não?!

Forte de Brest, um dos mais atingidos na Segunda Guerra!

Igreja de Santo Simon e Helena

Minsk no verão - parque Vitória (foto Solange Silberschlag)

Minsk no inverno - parque Vitória

Paisagem com o lago Braslav ao fundo

Biblioteca Nacional de Belarus

Floresta Bialowieza na divisa com a Polônia



É por aqui!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Nada de neurônios preguiçosos !


Já falei isso aqui.....será? Gosto mesmo de sair andando por aí sem rumo de vez em quando. E é muito bom andar sozinha por ruas desconhecidas, se perder, e depois se achar. Aliás, não é bom deixar os neurônios preguiçosos, em uma caminhada dá para resolver uma vida inteira! Já tomei algumas decisões erradas, atrasei minha vida em uns dez anos, no mínimo. Mas não me culpo - talvez só um pouquinho... Também nunca me privei das experiências que tive, das viagens, das inúmeras mudanças de cidade, do trabalho voluntário... Não tinha como deixar para depois, o tempo passa minha amiga!

Comecei a acertar tarde. Aprendi com os erros. Perdi algumas coisas por não estar preparada para elas. Com o tempo a gente acaba aprendendo o que realmente vale a pena, e larga todo o resto. Sem reclamação! A não ser que seja para reclamar de algo que deu errado, não sou muito fã dessa palavrinha tosca. Cada vez que você reclama, seja o que for, tem outra pessoa super independente, antenada, descolada, super resolvida na vida fazendo acontecer. Então, bola pra frente! Só um pequeno detalhe que atrapalha de vez em quando: os sonhos. E o maior problema dos sonhos é que eles não aceitam um "NÃO" como resposta. Por isso, o jeito é correr atrás deles feito louca até conseguir realizar! O difícil é quando eles são muitos.... Aff!