Ah, a praia do Peró...

(Praia das Conchas, com diversas barracas na areia, e ao fundo uma parte da praia do Peró.)

(Praia do Peró vista do alto do morro do Vigia. Águas rasas e tranquilas na maré baixa)

(Mergulho nas águas cristalinas da praia mais limpa do país!)

(Final da praia do Peró, onde o grupo Mediterranè escolheu para seu novo Resort.)

(Praia das Conchas, boa para mergulho e passeios de barco)

(Pescadores recolhendo o barco no Peró)

Caminhar pela praia com a água pela canela é simplesmente revigorante! Considerada uma das águas mais limpas do litoral brasileiro, dá para sentir os peixinhos e pequenos crustáceos passando pelos seus pés. Com ventos constantes no final da tarde, o wind surf é um dos esportes preferidos. Crianças se sentem à vontade com a maré baixa, as águas são bem calminhas, tornando-se mais agitadas ao final da tarde, em dias de vento forte. São 7 km de praia com apenas 1 km urbanizado. O lugar é tão bacana que a rede francesa Meditarranè já comprou uma área grande ali e começa este ano a construir mais um de seus hotéis maravilhosos. Tomara que eles sigam mesmo a linha da sustentabilidade, como dizem que vai ser ali. É ver para crer. O restante da área integra a Área de Proteção Ambiental do Pau Brasil (a maior reserva da espécie no estado do Rio). O Morro do Vigia a separa da Praia das Conchas. Seu formato lembra uma concha que se abre para o mar aberto, deixando uma enseada de águas rasas e cristalinas. Ótimo ponto para mergulho e passeios de barco. Uma boa caminhada pela areia fofa ou à beira d'água nos leva da praia do Peró até esta linda praia das Conchas. Peró é um bairro afastado da cidade de Cabo Frio, mas que ganhou seu charme especial com o passar dos anos. Tem várias pousadas e dois hotéis próximos à praia do Peró. Alguns restaurantes, internet, padaria e loginhas de souveniers podem ser encontrados no "Shopping Peró", que nada mais é que uma galeria de lojas com uma área interna comum. Fica na principal rua, a rua dos Pescadores. Como fiquei hospedada no centro de Cabo Frio, não vi como é a noite no Peró, mas dizem que é super tranquilo, principalmente em dias de lua cheia. Imagina sentar ali no banco na parte calçada da praia e ver aquele "queijo suíço" enorme saindo do mar....Uau! Sem dúvida, o Peró foi a melhor praia dessas férias! Se eu pudesse escolher hoje um lugar para passar o resto da minha vida, seria aqui. Pense nesta praia só para você fora de temporada, praticamente deserta, vendo o sol nascer borbulhante nas águas bem cedinho, e depois de passar o dia iluminando o mundo, se esconder atrás das dunas do Peró.......Sonhar ainda é possível, e de graça!

A caminho de Búzios

(Entardecer mágico ao som de reggae na praia da Armação)

(Fila de turistas para embarcar na escuna e conhecer as praias do Balneário)
(Castelo de areia feito por um pescador na praia da Armação no fim do dia)
(Alguém aí precisa de um táxi?)
(Tabela de preços varia com as distâncias das praias e ilhas)

A estrada nova para Búzios sem dúvida é a melhor pedida, mais curta e sem todos aqueles buracos. Porém, no trevo da entrada da cidade, vire à esquerda no sentido da praia Rasa e siga sempre em linha reta. Você vai encontrar a mais bela e interessante ponte da região. Só dá para passar um carro de cada vez, mas ainda bem que instalaram um sinal de trânsito na subida dos dois lados. E que subida! Será preciso engatar a primeira se quizer chegar lá no alto e ver a água correr para o mar. Sua altura exagerada é para passar o mastro alto de algum veleiro errante ou barco à vela. A praia que se vê ao longe é mar aberto e de uma cor absurdamente azul! Aliás, isso é bem comum por aqui. A famosa rua das Pedras em Búzios mostra todo o seu charme à noite, com bares e restaurantes incríveis e lojinhas lindas para todos os gostos e bolsos. No final da tarde, caminhar pela Orla Bardot é tudo de bom! Aqui, Brigite Bardot mostrou todo o seu encanto em 1963, quando Búzios era apenas uma simpática vila de pescadores. Desde então, a pequena vila foi crescendo em torno de sua musa mística. Tem até um "Memorial Brigite Bardot", aparentemente organizado por um fã argentino, com fotos da atriz naquelas praias espalhadas pela parede, capas da extinta revista Manchete, além de lembrancinhas à venda, como camisetas, bolsas, sacolas de praia e bonés, tudo a 'la Bardot'. Também há vários táxis marítimos "estacionados" na orla, prontos a te levar para praias paradisíacas, como praia dos Ossos, Azeda, Ferradura, João Fernandes, Geribá, Tartaruga e Rasa. Com um pouco mais de tempo dá para ir à pé em algumas delas ou pegar as diversas vans que saem a todo o tempo. Ah... um dia, no mínimo!

Deserto branco!

O sol hoje estava com sua força total. Isso é que é verão! No final da tarde não há nada melhor que seguir à pé pela praia do Forte até a praia do Foguete e encontrar as famosas dunas de areia bem branquinha....Com uma câmera na mão e um "quê" de fotógrafo amador dá para tirar altas fotos! Depois é só sentar no ponto mais alto da duna e admirar o sol se despedindo com seus últimos raios vermelhos...

Cabo Frio

O Forte de São Mateus foi construído entre 1503 e 1512, onde hoje é a praia do Forte. Era preciso mesmo proteger as belezas naturais de Cabo Frio naquela época. Imagine quantas belas paisagens, praias desertas e enseadas bucólicas. Hoje a cidade está tomada de prédios e uma turma que não se contenta com o carnaval 'só no carnaval', está aí o "Cabofolia" que não me deixa mentir. Mas se você não está mais nesta onda, o lance á sair por aí atrás de lugares simples e belos. Bem ao lado do Forte tem uma pequena e charmosa enseada em frente à ilha do Japonês, cheia de barcos coloridos, de onde os pescadores saem para alto mar. Na verdade, tirei essas fotos às pressas tentando capturar o sol antes dele se esconder. Ali também está a Casa de Pedra Francesa, de 1556, com seu muro alto que nada nos deixa ver. Mas do lado de fora percebe-se um jardim bem cuidado com um deck de madeira e um mirante maravilhoso. Tudo faz parte dos Sítios Arqueológicos e Históricos da região e tem a proteção do IPHAN. E é bom se segurar onde puder, pois ali o vento não dá trégua, e quando você menos percebe, lá se foi uma câmera mar abaixo!

Um dia cheio!

(Ponte que liga Vitória à Vila Velha)

(Praia da Costa para ficar até o dia acabar)

(Janela do Convento da Penha tendo ao fundo Vila Velha)

Depois é só alegria. Aquele mar imensamente azul te convida a um mergulho, já que o fundo consegue ser ainda mais belo! Quizera eu ser Iemanjá e lá morar.....

Em terra firme, o Convento da Penha é imperdível. Lá de cima se avista Vila Velha e a ponte que liga uma cidade à outra. Para uma visão panorâmica de céu e mar, melhor lugar não há. A subida pode ser de carro ou à pé pela trilha na mata (meu caso). Para quem tem muita fome, é bom levar um lanche reforçado. Lá em cima tem uma lanchonete, mas com poucas opções. Depois deste belo passeio, uma boa pedida é esticar até a praia. Descer tudo novamente e ir até a Praia da Costa, ali mesmo em Vila Velha. Mas tem que ter perna! Mar aberto, céu azul, água de côco. Não saio dali antes do sol se pôr. Depois de um dia desses, chego a conclusão: a noite realmente é necessária e bem vinda!

Lá vai o trem sem destino...

(Montanha de pedra vista da janela do trem)

(No meio da caminho tinha uma represa)

Se tem algum lugar chovendo neste verão, certamente não é no Espírito Santo. Mas se prepare, que o sol capixaba é forte! E nessa atmosfera de aventura, que tal ir de trem? O único trem de passageiro no Brasil que sai regularmente todos os dias de Belo Horizonte à Vitória e vice versa. São 660 km e 26 estações para desembarque. A passagem nem é tão cara assim e ainda tem um vagão restaurante. O trem cheio chega a levar 1600 passageiros, uma loucura! Mas vale à pena. Foi assim na minha primeira viagem. Paisagens bucólicas em meio a vastidão, túneis, pontes, rios e montanhas....tudo passa pela janela. Uma dica: não deixe de clicar nada, pois a cada curva do trem, o cenário muda completamente. E na volta ainda pode ser tudo diferente! Mas, na sequência de imagens, não poderia deixar de observar certos estragos à natureza. A terra cortada em sulcos profundos em busca de minério, o verde arrancado à força. Ainda bem que esses momentos são poucos. Fica aqui o registro.

E viva a tartaruga!

(Tartaruga voltando para o rio. Tive que correr com a câmera, quase não dá tempo de pegá-la antes de entrar no rio novamente.)

(Pequena índia com filhote de tracajá. A foto é emprestada do RAN - Ibama)

(Tartarugas subindo para a desova em uma das praias do rio Araguaia. Foto do acervo do RAN, Goiás.)

Os répteis, muitas vezes com seu jeito asqueroso, sempre causaram medo. Mas as tartarugas são o único grupo desses animais que não causam aversão ao homem. Seus movimentos lentos reforçam sua aparência inofensiva. Esses répteis têm vida mais longa que qualquer outro vertebrado existente. Na época da desova, as tartarugas da Amazônia e os tracajás se organizam rumo às areias da praia. Cada uma em busca do 'seu lugar' para deixar ali os ovos da sua cria (cerca de 100 por cova). É uma festa! Então retornam ao rio e, depois de um ano, lá estão elas novamente para sua jornada de multiplicação das espécies. Essa turma não é mole não!!!

Ah, o Araguaia...

(Uma pequena tartaruga da Amazônia voltando para o rio)

(Praias extensas do rio)

(Margens do rio Araguaia)

Com suas praias altas, areias finas e águas caudalosas, o rio Araguaia já foi palco da guerrilha dos homens (na década de 70) e agora luta para continuar seguindo seu curso, sem a interferência do ser humano. Estive lá algumas vezes como voluntária e posso garantir que hoje não lembra em nada a luta campal que se travou naquela época. Pelo contrário, tem pedaços intocados com nuances de 'Pantanal'. A guerra hoje é outra, pela preservação de sua área. Ainda bem que existem pessoas que cuidam do rio com carinho. O pessoal do Ibama de Goiás atua fortemente no Araguaia com vários projetos, como Educação Ambiental e Projeto Tartaruga da Amazônia. Parabéns meus amigos!

Filosofando ciência...

Pensem em um lugar absolutamente inóspito e o que aparece? Um deserto. E muitos ainda acham que é praticamente impossível algo sobreviver num lugar desses...... pois além da poeira e do infinito existe vida sim. Li outro dia que o ecologista Steven Schmidt, bolsista da National Geographic Society, descobriu no alto do vulcão Socompa no deserto de Atacama, a 6.000 metros de altura, bactérias que conseguem sobreviver muito bem neste ambiente. Logo a bactéria, um dos seres vivos mais antigos do planeta (cerca de 3,5 bilhões de anos)! Mas qual a importância disso para a ciência? Lá em cima o ar é rarefeito e há alta incidência de raios ultravioleta. É a cara do planeta Marte! Para os cientistas que estão sempre em busca de vida no planeta vermelho, é uma ótima notícia, não!? Mas a curto prazo, o mais interessante é que essas bactérias contêm ingredientes capazes de bloquear a radiação solar. Sabemos que os efeitos mais nocivos dos raios ultravioleta são o câncer de pele e a supressão do sistema imunológico. Uma pele mal tratada pelo sol fica mais vulnerável a organismos patogênicos, como as bactérias. Estudando estes seres, será possível fazer uma relação com a capacidade humana de resistência à luz solar. Querer bem ao meio ambiente também é querer bem a nós mesmos, senão não faz o menor sentido. Com o verão chegando no seu grau máximo (sensação térmica de 45ºC nas praias cariocas ontem!), se cuida galera!!!

Até breve, cidade encantada!

(Quitandinha )

(Palácio de Cristal )

É.....Petrópolis vai deixar saudades. Mas não podia deixar de falar do Palácio de Cristal, que foi construído na França e trazido em partes para ser montado aqui em 1884. A Catedral, lindíssima em seu estilo neogótico, abriga os túmulos de d. Pedro II, Teresa Cristina, Conde d'Eu e Princesa Isabel. Ah, e tem o Quitandinha...!Foi planejado para ser o maior cassino da América do Sul. Com seus salões imensos, tipicamente hollywoodiano, hoje é destinado a eventos e exposições. Se você está de férias e vai passar pela região, vale uma visita a exposição sobre a "Revolução Genômica", que fala da biodiversidade ligada aos gens. Diretamente do museu de Nova York, é o único lugar no Brasil que vai abrigar esta exposição até 28/3/2010 no Quitandinha. Não precisa ser nenhum biólogo para se encantar com as belezas da natureza, não é mesmo?! E vocês, quais são os planos e as expectativas para a nova década que se inicia?

Era uma casa muito engraçada...

"A Encantada", sem dúvida merece uma visita pelas suas peculiaridades. Quem a construiu para lá viver foi Alberto Santos Dumont em 1918. Seu estilo colonial francês é cheio de invenções, como uma das últimas de seu autor: um chuveiro de água quente, único no Brasil naquele tempo! A escada do lado de fora é um luxo, seus degraus em forma de raquete obrigam a começar sempre com o pé direito (para tristreza dos canhotos). Mas quem quizer conhecê-la por dentro tem que chegar cedo, a casa só fica aberta das 9:30 às 5:oo da tarde. Ali bem perto, na praça 14 Bis, está a réplica do mais famoso invento de Santos Dumont, o próprio 14 Bis!

Petrópolis, a cidade Imperial!

( D. Pedro em frente ao seu Palácio )

( Carruagem de Gala )

(Vista da rua da Imperatriz)

Tudo bem que a nossa falida monarquia levou para a Europa todas as nossas riquezas, vá lá......mas deixou para trás uma cidade linda, um verdadeiro cartão postal! Passar o ano novo em Petrópolis foi uma experiência bem legal. Ficamos no Hotel Casablanca, bem ao lado do Museu Imperial (quer lugar melhor?). Visita imperdível, o museu conta toda a história da família imperial, seus objetos e costumes da época. O Palácio é todo em estilo neoclássico e foi residência de verão de D. Pedro II e dona Teresa Cristina. Com o calor de 40ºC na capital Rio de Janeiro, sem ventilador ou ar condicionado, o jeito era subir a serra e ficar lá até o verão passar. Infelizmente a escravidão ainda dominava o mundo e os escravos aqui no Brasil eram obrigados a usar "braceletes de ouro" para servir a realeza.....vítimas da prosperidade portuguesa, vivendo num mundo tão distante de seus patrões! Pausa.