Sim, sou um ser falante, eu sei. Não tanto quanto um papagaio, mas chego perto... Porém, dizem, tem certas coisas que não se deve falar tão fácil, ou dá azar. Este mundo pode ser cruel, minha cara! Simplesmente não dá para ficar espalhando aos quatro ventos os seus planos para o futuro. Depende com quem se fala, neste ponto sou obrigada a concordar com a Mariliz. Todo mundo diz: se quiser que algo dê certo para você, guarde em silêncio até que se realize. Ou não. Tem gente que preconiza ainda falar o contrário ou reclamar que isso ou aquilo é ruim; isso sim dá sorte. Hum? Se for assim, para que nada dê errado - além de bater três vezes na madeira - é só começar a reclamar de tudo cada vez que alguém, inadvertidamente, e sem o menor interesse, me perguntar sobre os planos daqui pra frente. Coisas do tipo, reclamar do frio de arrepiar nesse inverno, do vento que bagunça o cabelo na praia no verão, das nuvens no céu... Ou seja, disfarçar, tentar não antecipar nada. Mas, pensando bem, quer coisa melhor que um dia morno e nublado? Sentar numa praça e poder ler, enfim, o final daquele livro sem que um sol escaldante te expulse dali em menos de um minuto? Adoro nuvens! Como disse, tenho uma certa afinidade com os papagaios, ou qualquer outra ave falante (?). Adoraria também que os livros pudessem falar. Não muito, mas o suficiente para conversarmos de vez em quando, trocar umas ideias de tudo que já li e esclarecer de vez alguns enigmas que ficaram perdidos nas muitas entrelinhas. Saio dali repaginada, querendo contar ao primeiro que passar na minha frente todas as ideias novas que tive, pela milésima vez! Sendo assim, seria eu a pessoa certa para guardar dentro de mim as centenas de milhares de planos que imagino para o futuro? Tantos, que nem toda a vida que tenho vai dar para realizar? Não, acho que não. Então vamos brindar!!!
viagens ecológicas e culturais, opiniões e artigos sobre meio ambiente e a natureza humana, ideias e devaneios...
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domingo, 25 de junho de 2017
domingo, 11 de junho de 2017
Felicidade vale muito!
Incrível como apesar das adversidades da vida, ainda encontramos felicidade onde nem sequer imaginamos que ela pudesse existir. Muitos países africanos sofrem com a pobreza e falta de expectativas, uns poucos sofrem com guerras, outros com terrorismo, alguns ainda sofrem as consequências dos colonizadores exploradores ou até de seus próprios ditadores.... Tudo isso a gente já sabia.
E é claro que isso está longe de ser mudado, porque as grandes potências, ou mesmo seus antigos algozes, que poderiam mudar alguma coisa, nada fazem. Mas o que mais me impressiona é que uma pesquisa feita a pouco mais de um ano, por uma instituição europeia dedicada a estudos sobre crianças e adolescentes, constatou que as crianças africanas são as mais felizes do mundo em ambientes escolares. E isso em um cenário atual. Junho é quando se comemora o dia da criança africana, por isso me lembrei. Imagine só se elas tivessem mais escolas e se todas pudessem frequentá-las por direito?
Além de serem mais felizes, elas poderiam também sonhar com um futuro melhor! Enquanto isso não acontece, sabemos que muitas crianças são "compradas" de Burkina Faso - na Africa - para trabalharem como escravas na colheita de cacau na Costa do Marfim, maior produtor mundial, para abastecer o mercado global de chocolates na Páscoa. Outras tantas são forçadas ao casamento precoce, passando por abusos de todos os tipos desde pequenas. Isso fora a miséria e a fome que acomete muitos países africanos. Então como essas crianças ainda podem ser mais felizes???
Tem até a história de um antropólogo que estudava os hábitos de uma tribo africana e sempre tinha muitas crianças ao redor. Um dia ele propôs uma brincadeira, comprou vários doces, encheu uma cesta toda decorada e colocou embaixo de uma árvore. Chamou todas as crianças e pediu que esperassem até ele falar "já", e quem chegasse primeiro na árvore ficaria com todos os doces. Pois quando ele disse "já", todas as crianças deram-se as mãos correndo juntas até a árvore. Lá sentaram-se na sombra felizes da vida e todas comeram os doces. Quando perguntadas por que ninguém quis ser a primeira a chegar na árvore, uma delas respondeu: Como pode qualquer um de nós ficar feliz se todos os outros ficarem tristes? Esta filosofia "Ubuntu" das tribos africanas é a mais pura dignidade humana. Eles são assim felizes porque já foram tristes, portanto sabem valorizar cada pedacinho de felicidade :-)
Quanto ainda temos que aprender!
sábado, 3 de junho de 2017
Caos!
Escrevo para saber que tenho um eixo, que não sou fake, talvez um pouquinho de loucura ali outro aqui, principalmente quando palavras se rebelam em profusão e cada uma vai parar num canto qualquer do planeta. "Greve geral", elas gritam. É sempre assim, e depois elas saem me atropelando com textos sobre mudanças do clima, a vida marinha, o cotidiano chatinho, o planeta efêmero, pequenas maluquices, este mundo cão mas também maravilhoso. Hoje é dia! Deu a louca nas palavras, que estão livres e saltitantes como bolinhas de gude. Desorganizadas como tal, não acertam o alvo por nada deste mundo. Aliás, que alvo é esse que já nem sei? Ok, talvez eu sofra de ansiedade antecipada e só precise dar um tempo para que elas se reorganizem e tudo volte a ser como antes... Sim, é melhor eu tomar um xícara de chá. Jasmim! E então, quem sabe, tentar sobreviver ao caos que está minha mesa!
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