Difícil encontrar quem não goste de viajar. Sair do seu mundinho, pegar a estrada, uma cidade cosmopolita, montanhas, rios... Mudar de ares e vivenciar um dia após o outro bem diferente do seu é tudo de bom. Agora, é claro que eu não estou falando de gente maluca, como certos grupos de "turistas" australianos que pagam caro para participar de um reality show em território sírio, sob fogo cruzado, só para sentir 'in loco' como é viver subjugado a ataques terroristas. Não percebem que podem nem voltar vivos desta 'viagem'. Minha vontade é de dizer a eles: voltem pra casa, seus tolos! Tem outras maneiras de ajudar as pessoas que vivem nesses lugares cheios de terroristas, seja pressionando os governos de forma inteligente ou ajudando as famílias diretamente. Os tolinhos do ocidente sempre acham que o terrorismo é como filme de ficção científica, e querem ter lá o seu papel de figurantes. Poxa, terrorista é terrorista, e mata porque gosta. Não adianta tentar que eles não vão passar para o seu lado!
Eu falo de outro tipo de viagem, vivenciar outras realidades, onde o único tiro, se houver, vai ser de um tranquilizante para imobilizar algum animal. Viajar ajudando a salvar o planeta é recompensador. Digo isso porque já fiz uma vez e gostaria de ter feito muito mais. Ser um ecovoluntário em programas de conservação é uma forma de viajar pelo país ou pelo mundo participando diretamente em projetos de pesquisa que ajudam a salvar animais em extinção. O dinheiro pago pelo pacote de turismo ecovoluntário é revertido para a instituição responsável por cada projeto. Assim, a grana ajuda a manter as pesquisas em andamento. A recompensa para quem escolhe este tipo de viagem não tem preço: aprende coisas novas, conhece gente de várias partes do mundo, além de visitar lugares únicos, que normalmente não estão disponíveis a turistas comuns. Eis alguns projetos interessantes:
Filhotes de lhama branca |
Cuidar de animais abandonados no Peru: Perto de Lima, capital peruana, o ecovoluntário vai trabalhar num abrigo para animais abandonados à própria sorte, machucados, ou doentes, sempre visando a reintegração deles ao seu habitat natural. Típica do Peru, a lhama, que é parente do camelo, é um dos mais atendidos. Dependendo do caso, é preciso dormir junto a alguns animais que precisam de supervisão 24 horas!
Rastrear Onças Pintadas no Paraná: Aqui você fica numa área isolada, cercada de montanhas e rios em busca de vestígios dos animais da selva. No Projeto Onça-Pintada, os voluntários passam por um treinamento junto a biólogos e ajudam na instalação de câmeras com disparo automático no meio da mata atlântica, o que vai possibilitar fazer o registro dos bichos em seu ambiente natural.
Ajudar na Preservação dos Leões na África do Sul: preservação, observação e estudo dos leões no Lion Park, em Joanesburgo, são meios de proteger esta espécie ameaçada (principalmente de caçadores inescrupulosos, que saem do seu país de origem p/ explorar um outro mais pobre, como aconteceu no Zimbábue!) Aqui podemos de fato cuidar dos filhotes e observar os reis da selva de perto!
Ficaria horas seguidas falando, pois há outros projetos interessante, como "Alimentar filhotes órfãos na Namíbia", "Dar banhos em elefantes na India", Proteger Pandas Gigantes na China", "Cuidar de Lontras órfãs em Santa Catarina"...
Mas o que realmente importa é que hoje muitas pessoas querem não só vivenciar outras culturas, como também querem fazer a diferença. É dessas pessoas que estou falando, e não de 'pseudo-turistas' que preferem vivenciar os horrores de uma guerra, ou de uma caçada 'selvagem' e depois voltam para suas casas, tomam seus champanhes caríssimos, se deliciam com seus quitutes importados e ficam vendo o resto do mundo passar na TV!