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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Há viagens e "viagens"

Difícil encontrar quem não goste de viajar. Sair do seu mundinho, pegar a estrada, uma cidade cosmopolita, montanhas, rios... Mudar de ares e vivenciar um dia após o outro bem diferente do seu é tudo de bom. Agora, é claro que eu não estou falando de gente maluca, como certos grupos de "turistas" australianos que pagam caro para participar de um reality show em território sírio, sob fogo cruzado, só para sentir 'in loco' como é viver subjugado a ataques terroristas. Não percebem que podem nem voltar vivos desta 'viagem'. Minha vontade é de dizer a eles: voltem pra casa, seus tolos! Tem  outras maneiras de ajudar as pessoas que vivem nesses lugares cheios de terroristas, seja pressionando os governos de forma inteligente ou ajudando as famílias diretamente. Os tolinhos do ocidente sempre acham que o terrorismo é como filme de ficção científica, e querem ter lá o seu papel de figurantes. Poxa, terrorista é terrorista, e mata porque gosta. Não adianta tentar que eles não vão passar para o seu lado!


 Eu falo de outro tipo de viagem, vivenciar outras realidades, onde o único tiro, se houver, vai ser de um tranquilizante para imobilizar algum animal. Viajar ajudando a salvar o planeta é recompensador. Digo isso porque já fiz uma vez e gostaria de ter feito muito mais. Ser um ecovoluntário em programas de conservação é uma forma de viajar pelo país ou pelo mundo participando diretamente em projetos de pesquisa que ajudam a salvar animais em extinção. O dinheiro pago pelo pacote de turismo ecovoluntário é revertido para a instituição responsável por cada projeto. Assim, a grana ajuda a manter as pesquisas em andamento. A recompensa para quem escolhe este tipo de viagem não tem preço: aprende coisas novas, conhece gente de várias partes do mundo, além de visitar lugares únicos, que normalmente não estão disponíveis a turistas comuns. Eis alguns projetos interessantes:

Filhotes de lhama branca

Cuidar de animais abandonados no Peru: Perto de Lima, capital peruana, o ecovoluntário vai trabalhar num abrigo para animais abandonados à própria sorte, machucados, ou doentes, sempre visando a reintegração deles ao seu habitat natural. Típica do Peru, a lhama, que é parente do camelo, é um dos mais atendidos. Dependendo do caso, é preciso dormir junto a alguns animais que precisam de supervisão 24 horas!









Rastrear Onças Pintadas no Paraná: Aqui você fica numa área isolada, cercada de montanhas e rios em busca de vestígios dos animais da selva. No Projeto Onça-Pintada, os voluntários passam por um treinamento junto a biólogos e ajudam na instalação de câmeras com disparo automático no meio da mata atlântica, o que vai possibilitar fazer o registro dos bichos em seu ambiente natural.







Catalogar Baleias no Litoral da Bahia: O Projeto Baleia Jubarte, do qual eu participei, tem uma de suas sedes em Caravelas, no sul da Bahia. Dali saem os barcos em direção à região de Abrolhos e arredores, onde as baleias costumam se reproduzir. Ali nós ficamos embarcados durante todo o período. As tarefas diárias incluem: auxiliar a pesquisa na localização e observação do comportamento das baleias, fazer a identificação fotográfica de suas caudas, catalogar dados e até lavar o convés da escuna. Digo que é uma experiência inesquecível!


Ajudar na Preservação dos Leões na África do Sul: preservação, observação e estudo dos leões no Lion Park, em Joanesburgo, são meios de proteger esta espécie ameaçada (principalmente de caçadores inescrupulosos, que saem do seu país de origem p/ explorar um outro mais pobre, como aconteceu no Zimbábue!) Aqui podemos de fato cuidar dos filhotes e observar os reis da selva de perto!


Ficaria horas seguidas falando, pois há outros projetos interessante, como "Alimentar filhotes órfãos na Namíbia", "Dar banhos em elefantes na India", Proteger Pandas Gigantes na China", "Cuidar de Lontras órfãs em Santa Catarina"...
Mas o que realmente importa é que hoje muitas pessoas querem não só vivenciar outras culturas, como também querem fazer a diferença. É dessas pessoas que estou falando, e não de 'pseudo-turistas' que preferem vivenciar os horrores de uma guerra, ou de uma caçada 'selvagem' e depois voltam para suas casas, tomam seus champanhes caríssimos, se deliciam com seus quitutes importados e ficam vendo o resto do mundo passar na TV!


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nada de mais

Acredite, você vai conseguir, nada é impossível!

Bertolt Brecht já dizia: " Nada é impossível de mudar... Não aceite o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer impossível de mudar ."

Trilhões de coisas a fazer e eu aqui, em devaneio total..... e por que não? Não tem nada de mais. Estava aqui pensando em um monte de coisas possíveis e realizáveis que tenho pela frente. Não acredito na impossibilidade de muitas coisas pura e simplesmente. A não ser o óbvio, claro. Sei, por exemplo, que é impossível um dia eu ganhar uma final de Wimbledon, se eu nem jogo tênis. Impossível também que eu vá a Marte nessas viagens malucas em que as pessoas se inscrevem (acho a Terra bem mais interessante!). Certamente é impossível um dia desses eu bater um recorde bizarro qualquer só para entrar para o Guinness, argh! A verdade é que a vida está cheia de coisas bacanas para fazer, bem possíveis até. Os anos vão passando, as luas vão mudando, e muitas pessoas começam a lembrar de coisas que deixaram de fazer lá atrás, e teimam em achar que algo ficou pela metade. Ah não! Então só nos resta uma pergunta: o que fazer com o resto da vida que ainda temos? Sonhar é uma delas. Pôr em prática é outra. Ora, se alguma coisa pode ser sonhada, então ela pode ser feita! Ponto final. O único detalhe é não sonhar demais, senão uma vida inteira não será suficiente para tantas realizações. A essas alturas, fundamental é não se perder.
Será que somos todos como estrelas perdidas por aí, tentando iluminar o escuro? Hummm.....Prefiro acreditar na luz solar, pois sou uma diurna irrecuperável, e morro de inveja das corujas! Mas de dia conseguimos enxergar melhor as coisas. Às vezes dá até para consertar o que deu errado e reverter o resultado. Possibilidades surgem à nossa frente o tempo todo.  Afinal, IMPOSSÍVEL é apenas uma palavra!





domingo, 5 de julho de 2015

Pequeninos por aí...



A libra britânica passeando em frente ao banco de Londres

Artista é artista, e não há o que discutir. Em tempos tão difíceis pelo mundo afora, melhor se abstrair um pouco e deixar a arte despretensiosa entrar... sem bater.  Slinkachu, um artista londrino, simplesmente tem o hábito de 'abandonar' miniaturas de pessoas pelas ruas desde 2006. Ele já fez essas intervenções em Nova York, Hong Kong, Moscou, Cidade do Cabo... Seu trabalho é meticuloso e envolve a remodelação e pintura de personagens de trens de brinquedo, que são posicionados, fotografados e 'deixados' pelas ruas do mundo. Imagina você, andando por uma rua qualquer e se deparando com alguns desses pequeninos pelo caminho? Muitos passam e não veem. Eu, certamente, teria que andar mais devagar para perceber uma surpresa tão agradável! Tenho olhar de coruja, 360 °, o problema é que ando depressa , me falta freio! A ideia é fantástica. Ele encontrou uma forma de encorajar os moradores das cidades a prestar mais atenção ao ambiente ao seu redor! 


Um dia de ventania na Praça Vermelha em Moscou


Em cima de um saco de lixo na calçada 


Mais uma poça d'água em Londres....

Aqui o fotógrafo Slinkachu brinca com uma lata de refrigerante

O leite derramado não é nenhuma tragédia afinal!