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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Um outro mundo!

 

O mundo marinho sempre foi e sempre será fascinante para mim. Um lugar que eu realmente gostaria de morar, me mudaria agora se isso fosse possível! Com sua estrutura tridimensional, seres encantadores, gigantes ou minúsculos. Um mundo onde nem um quinto é conhecido até hoje! Pequeninos seres planctônicos, que vivem na coluna d'água e fazem fotossíntese, são amigos pra vida toda, pois liberam enormes quantidades de oxigênio atmosférico, garantindo nossa sobrevivência aqui na Terra. Além disso eles servem de alimento para o zooplancton, como o pequeno crustáceo Krill, prato preferido das grandes baleias Jubarte e Franca. Ou seja, é uma imensa cadeia viva num espaço 300 vezes maior que o ambiente terrestre. Um mundo rico, cheio de vida e cor, que impressiona até quem mergulha a poucos metros de profundidade. Faz  tempo que não mergulho com cilindro, mas ainda assim sinto-me hipnotizada quando nado no mar, ainda que raso ou perto de ilhas...

 
Por isso me causa uma tristeza sem tamanho a falta de sensibilidade e até pouco caso com os oceanos em geral. Junto com os eventos climáticos extremos, é evidente a magnitude dos potenciais impactos nos ecossistemas marinhos. Desde indústrias químicas e mineradoras que deixam seus rejeitos correrem pelos rios até o mar, até pessoas comuns que vão passar o verão na praia e deixam um rastro de destruição para traz: garrafas pet, canudos, copos e sacos plásticos.É tudo igual, não há diferença, são fontes potenciais de poluição! É preciso ter o mínimo de conhecimento (muitos ainda têm!)  e bastante amor à vida para mudar este cenário. Diminuir o uso de carros na cidade já ajuda a não emitir CO2 na atmosfera, contribuindo p/ o aquecimento global e aumentando o nível dos mares. Esses impactos causam mudanças na saúde dos oceanos, como  acidificação e menos oxigenação nas águas. Cidades costeiras correm maior risco de inundações com as tempestades tropicais cada vez mais intensas. A produtividade agrícola pode reduzir radicalmente nas regiões mais afetadas, tanto pelo aumento das chuvas nas latitudes médias quanto maiores períodos de seca em zonas sub tropicais. Ainda, a saúde humana é ameaçada pela propagação de vírus, doenças e patógenos pelas águas mais quentes. Apesar do ambiente marinho ser muito maior que o terrestre, não podemos diminuí-lo ao ponto de torná-lo insignificante, precisamos mantê-lo vivo agora e também para as futuras gerações.

 


O mundo marinho é tão belo e tão vívido que desperta paixões e nos enche de energia, basta molhar os pés na praia e pronto, já se sente contagiado! O eterno mergulhador francês Jacques Mayol , conhecido como o homem golfinho, já sabia disso há muito tempo quando disse - "O mais difícil é quando você está lá embaixo:  você precisa de um bom motivo para voltar à superfície".