
O passado já se foi, não tem volta, mas explica muita coisa. O futuro não me pertence, nem sei onde fica. Aliás, desconfio que ele nem exista!. A caminhada, essa sim me interessa. Aonde vai chegar não sei. Estou mais preocupada com o que vou encontrar pelo caminho, aprender algumas coisas, errar outras, e descartar o que não me interessa. Na tentativa de entender o presente, vou observando o passado por onde ando. Caminhando pelo Rio nas férias, vou tentando me abstrair de todos os problemas que a cidade carrega nas costas, mas lembro que o Rio também têm passado, muita história e beleza que já fez esta cidade ser maravilhosa! Todos fazemos parte dessa história, e temos a missão de, ao menos, tentar melhorar daqui pra frente. Olho as portas antigas, as ruas e calçadas do centro antigo, muitas com pedras portuguesas colocadas uma a uma pelos calceteiros. Esquinas por onde passavam carruagens e bondes elétricos, hoje passa o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que leva também ao Museu do Amanhã (será o tal futuro?). Partes da arquitetura gasta pelo tempo, que já passou por tanta coisa, mas teima em resistir a todo custo ao caos do presente. O passado me ensina, o presente eu aproveito para viver agora, o futuro é só uma miragem.... quando um dia eu chegar lá, então ele não será mais futuro, não é! As coisas vão e vêm como um eterno jogo. E não quero ficar no zero a zero no jogo da vida. Se der empate, que seja ao menos um a um!

A fachada da Biblioteca Nacional, na Avenida Rio Branco. Foi construída para substituir a Livraria Real, que tem origem nas coleções de livros de D. João I e seu filho D. Duarte, e que foi destruída pelo incêndio logo após o terremoto de Lisboa em 1755
As mesas e cadeiras antigas da Casa Cavé foram projetadas pelo espanhol Cólon há mais de um século. A confeitaria mais antiga do Rio fica na esquina das ruas Uruguaiana e Sete de Setembro, no centro antigo do Rio. Parada obrigatória para quem gosta de saborear os doces típicos, e quem sabe até levar para casa delícias portuguesas como o famoso bolo rei, o jesuíta, o ratinho, a ferradura ou a leve brisa. Garanto que todos são de dar água na boca!
O teto do CCBB na rua 1º de Março é apenas um detalhe de seu estilo neoclássico. Foi idealizado por um arquiteto da Casa Imperial, Francisco Joaquim Bethencourt, e funcionou como Banco do Brasil até a década de 80, quando foi transformado no Centro Cultural Banco de Brasil.
Aqui foi o antigo Supremo Tribunal Federal, edifício histórico em frente à Cinelândia, ao lado da Biblioteca Nacional. Tirei a foto do antigo plenário, onde juristas famosos da época vestiam suas togas e tomavam decisões importantes p/ o país. Hoje é o Centro Cultural da Justiça Federal, com um Café, exposições e uma biblioteca.
Num dia frio e chuvoso atípico passei pela Candelária. Uma simbólica igrejinha paroquial, com vista para a Baía de Guanabara, assim nasceu a Candelária no centro do Rio no início do século 18. Os altares foram esculpidos inicialmente por Mestre Valentim, artista de estilo rococó, na ocasião da visita do príncipe regente e futuro rei de Portugal D. João VI.
Um herói solitário olhando à distância o Pão de Açúcar.... O monumento em granito branco lembra os heróis brasileiros na Guerra do Paraguai. Fica em uma praça da Urca, em frente a entrada do bondinho do Pão de Açúcar.
Da Praia Vermelha se tem uma visão única do Pão de Açúcar por um outro ângulo. Antigos moradores do Rio achavam impossível o acesso ao pico deste morro. Por isso foi um grande acontecimento quando uma senhora inglesa - Lady America Vespucia - escalou seus 395 metros de altura em 1817. E lá no alto de penhasco fincou uma bandeira da Grã Bretanha. A partir daí foram várias as tentativas de construir aum acesso ao topo do morro da Urca. O nome "Pão de Açúcar" é porque os portugueses acharam-no parecido com as formas de barro onde se colhia o caldo de cana nos engenhos coloniais.
Quase me sentindo uma pioneira, como Lady Vespucia, só de chegar lá em cima (mas não neste aí....). O primeiro bondinho subiu ao topo do Pão de Açúcar em 1913!