Outro dia vi uma entrevista como Chico Buarque, e esta é uma das suas preciosidades que me emociona. E ainda com a minha cidade maravilhosa ao fundo! Aliás, foi assim que ele se inspirou: "Eu estava mexendo no violão, começando a fazer a melodia, e a primeira imagem que apareceu foi exatamente esta: uma cidade submersa, isolada de tudo. Porque, cantarolando, parecia que a música queria dizer isso. Eu tinha que ir atrás da explicação dessa cidade submersa. Aí eu coloquei os escafandristas, e surgiu a história de um amor adiado, um amor que fica para sempre. Essa ideia de um amor como algo que pode ser aproveitado mais tarde, que não se desperdiça......" O cara é bom!!!
Futuros amantes
Não se afobe, não, que nada é pra já. / O amor não tem pressa, ele pode esperar / em silêncio, num fundo de armário, na posta-restante. / Milênios, milênios no ar. / E quem sabe, então, / o Rio será uma cidade submersa. / Os escafandristas virão explorar / sua casa, seu quarto, suas coisas / sua alma, seus desvãos. / Sábios em vão tentarão decifrar / o eco de antigas palavras, / fragmentos de cartas, / poemas, mentiras, retratos, / vestígios de estranha civilização. / Não se afobe, não, / que nada é pra já. / Amores serão sempre amáveis. / Futuros amantes quiçá / se amarão sem saber. / Com o amor que um dia / deixei pra você.
Essa música hj é pra mim Bia! Nada é pra já! Dêem-me paciência, ó deuses da escrita! rsrs beijos,
ResponderExcluirOi, Bia!
ResponderExcluirEu adoro esta música também, inclusive fiz um post há tempos com ela, lembra?
Dá uma olhadinha nesta página abaixo:
http://supremamaegaia.blogspot.com/2009_09_13_archive.html#4815353872082125757
um beijo grande, carioca
Boa noite, Beatriz
ResponderExcluirLindíssima música. Olha, e não é que assim como a Glorinha, veio na medida exata pra mim.
Muito linda.
Bjo
Super inspirado, Bia! Aliás, como tudo no seu blog!
ResponderExcluirBom domingo!
Beijos
Lindo! Voltarei sempre.
ResponderExcluirSo os poetas e os cegos podem ver no escuro.
Fica na paz.