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domingo, 13 de setembro de 2015

Quem está no século errado?


O tempo sempre me assustou... como passa rápido! Aquela menina cheia de sonhos e esperanças sem fim ficou lá atrás. Mas ainda hoje me perco em meio a tantas ideias e ideais que pululam em minha mente e, não raro, fogem do senso comum. Organizar tudo numa agenda é ótimo. Desenhos, compromissos, ideias para um futuro próximo (hoje!), não esquecer de passar na padaria, mandar e-mail para X, ligar para Y. Tudo organizado, perfeito! Mas e a agenda? Ou está perdida, ou está em outro lugar, nunca na minha bolsa. Pior do que perder uma coisa é tentar encontrá-la. Esquece.
Ok, tem o gadget "notas" no smartphone feito pra isso! Se tem uma coisa que não me agrada é a frieza de certas facilidades eletrônicas. Sinto a necessidade do contato com o papel, do cheiro da folha, de escrever algo com minhas próprias mãos. Que bom foi (re)descobrir os pedaços de papel reciclado cortados no tamanho exato para as anotações do dia. Fáceis de achar na bolsa, não vivo sem eles!

Sei que vivemos no século XXI  e AMO a evolução de muitas coisas até aqui, mas poderia ter vivido tranquilamente no século 19, a era das descobertas... Quisera eu ter aprendido na época com Darwin a "Origem das Espécies", que revolucionou o mundo. Por incrível que pareça, foi também o século dos grandes deslocamentos demográficos, como o que vemos agora nos países árabes e norte-africanos. Nesta época também foi criado o cinematógrafo (como dizia meu avô) e assim surgiu o cinema, que maravilha! Mas, pensando bem...... voltar dois séculos atrás seria viver sem geladeira, caneta esferográfica, ter uma vida mais curta, sofrer dores imensas sem tratamento médico adequado ou qualquer higiene, ter pouco tempo para aproveitar a vida, sem ter eletricidade e sem saber que a Terra é azul! Melhor eu me virar mesmo no século XXI, mas ter sempre um pesinho lá no passado de vez em quando (que não faz mal a ninguém)!

Cá entre nós, cada um que escreva em sua agenda ou desenhe seu futuro do jeito que lhe convier. E se você acha que o tempo vai mudar seus caminhos, não espere tanto...



12 comentários:

  1. Que lindo, amei ler aqui, amo a praticidade de nosso tempo moderno, mas saber, conhecer as coisas do passado e imaginar com era me fascina!
    Lindo vídeo, pura suavidade!
    Abraços linda Beatriz!

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    1. Olá Ivone
      Também gosto das modernidades hoje em dia, mas sem os exageros que vemos por aí, rs.
      Por outro lado, os tempos e o jeito antigo de viver me fascinam!!
      Grande beijo!

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  2. Ei Bia
    O vídeo é muito legal e seu texto primoroso, como sempre palavras bonitas, profundas e verdadeiras.
    Pura cultura.
    Um beijo.

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    1. Maria Célia,
      Eu adoro as músicas de Madeleine Peyroux, me embalam nos dias calmos...
      Bjs

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  3. Querida Bia, eu sou muito feliz por ter nascido no século XX. Não me imagino a parir sem assistência médica, lavar roupa no tanque e não poder comunicar diariamente com o meu marido que trabalha noutro continente. Mas também adoro escrever manualmente, aliás redescobri esse prazer há cerca de um ano, quando comecei a aprender mandarim. Escrever os caracteres chineses é indispensável para os memorizar.
    Beijinhos, uma linda semana (por aqui chove, é o Outono que se anuncia)
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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    1. Pois é Ruthia, e eu que não tive filho nem no século XXI, rs... Realmente naquela época as mulheres não tinham qualquer assistência, não era nada fácil! Mas a calmaria ( ou a falta de correria ) me atrai. ADORO escrever, agora....Mandarim, você é corajosa, hein! Já acho difícil aprender alemão, imagina chinês... Boa sorte!!!
      Beijos e um lindo outono para vocês aí, por aqui aguardamos a primavera!

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  4. Ahh querida Bia, você deu uma de Woody Allen no filme Meia Noite em Paris. kkkkk
    Pois quem não pensou assim algum dia?!
    Eu sou uma. Quando vejo aqueles bons tempos, tudo fluindo calmamente, aquela educação, aquele modo tranquilo de ser das pessoas, tanto no falar quanto no comportamento, os poucos carros ou nenhum deles num tempo mais antigo, porque na verdade gostaria de ter vivido na década de 30/40 ou parado nos 60 mesmo. kkkk
    O fato é que a gente nunca tá satisfeito com nada, mas lembras-te bem, já imaginou ficarmos sem uma água geladinha no verão, um ar condicionado que eu amo, luzes acesas nas noites frias e escuras??!!
    Não conhecia a Madeleine do vídeo, ouvi e fiquei leve nesta tarde luminosa, que delícia!
    um grande abraço carioca


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    1. Oi Beth!!!
      Poxa, Meia Noite em Paris eu vi mais de uma vez, rs! Bem que eu podia pegar um táxi aqui e me transportar para a Paris dos anos 30... as pessoas vivam mais tranquilamente, sei lá. Eu sou um tanto acelerada hoje em dia, e talvez por este lado eu não me sentiria tão em casa naquele tempo, he he. Woody Allen é que é um saudosista confesso, ele mesmo já disse que nunca está satisfeito: se está em Londres, queria estar em Nova York, e se está em Nova York, queria estar em Paris, e por aí vai... Somos da mesma família, viu!?
      Beijinhos cariocas

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  5. O gosto por viagens, o respeito pela natureza e pelos animais (incluindo o homem - se ele merecer, claro!), a relação conflituosa com a informática e os excessos, a necessidade de folhear os livros e escrever em papel,a paixão por cinema (ainda ontem vi o último dele "O homem irracional", assim se chama aqui em Lisboa) - tudo isso e mais a maneira elegante como usas a língua portuguesa, me leva a pensar que este primeiro contacto pode ser "o princípio de uma grande amizade" :-))
    Obrigada pela simpática visita ao meu "Quarteto".
    Um Abraço deste lado do oceano

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    1. Que seja, Justine!
      Te aguardo por aqui mais vezes, assim podemos trocar umas ideias de vezem quando, rs!!!
      Bjs

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  6. é melhor estar aqui e agora e usufruir da memória do passado

    eu, para não me esquecer das coisas, colo post its em todo o lado


    beijinhos, Bia

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    1. Pois é Manuela, já que não podemos usar uma máquina do tempo....
      Assim como os post its, tenho pedacinhos de papel com anotações por todo lugar que passo para não esquecer, rs
      Beijinho grande

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