Meditando, eu?

Meditação. "Se praticarmos de todo o coração, então a prática da atenção e percepção vai nos libertar", já dizia o sábio Buddha. Afinal, o Buddha e você têm a mesma natureza de vazio. Embora às vezes  me sinta cheia de ideias, pensamentos e sentimentos mil, sou obrigada a concordar com a segunda parte. Não tem jeito, o vazio existe! Agora, meditar... Bem que tentei. Nas aulas de Yoga, sozinha em casa ouvindo new age não tão baixo (por conta das buzinas lá fora), no banco da praça (quando um passarinho não faz cocô na sua cabeça), antes de pegar um livro pra estudar (e não pensar em quantas horas terá que se dedicar), até caminhando na rua já tentei. Não dá. Cheguei a conclusão que isso é para os fortes. Sempre que dá, tento abrir um olho e fazer um reconhecimento 360º da área. Logo aparece um casal discutindo, alguém falando alto ao celular e expondo toda a sua vida para quem não quer ouvir, crianças correndo e gritando ao mesmo tempo (como elas conseguem?), e de repente todos os cachorros resolvem latir num papo pra lá de animado! Definitivamente, não é para mim. E olha que já fiz Yoga, Tai Chi e Kung Fu, só faltou mesmo dar um pulinho lá no Oriente... Tem gente que consegue se abstrair de tudo e quase tocar o céu, mesmo estourando uma guerra mundial lá fora! Para eles o meu respeito. Mas, por outro lado, ficar fazendo postura de Yoga na praia pra foto, fingindo que atingiu o Nirvana... me poupe. Sábios budistas nos fazem lembrar sempre que a coisa mais importante e mais preciosa de cada dia é o tempo. Então podemos revertê-lo em conhecimento para cultivar sabedoria. E já que não podemos barrar a passagem do tempo, infelizmente, esta é uma postura bem mais prática. Bom, enquanto o tempo passa, vamos pensar em 'nada' e tomar um cafezinho ali, que tal!?

(Atenção: Plágio não é nada legal!)