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domingo, 3 de dezembro de 2023


Ainda, e sempre, na fase das leituras, muitos livros queridos, outros nem tanto. Viagens no meio disso tudo? Coisa rara.... "Escute as feras" - Li este livro e instantaneamente me vi lá nas terras geladas da Rússia. Uma mulher e um urso... quando se encontram frente à frente, é algo gigantesco e surreal. Nastassja Martin estava lá, na tundra russa, terminando sua pesquisa antropológica de doutorado quando este 'encontro inesperado' com o urso aconteceu e ressignificou toda a sua vida. Algumas cirurgias depois (na Rússia e depois na França), Nastia terminou sua tese em Paris, e hoje se sente metade urso, metade mulher. "Escute as feras" é uma leitura desconstrutiva, que faz mergulhar fora de si para entender o outro, e assim aceitar e respeitar as diferenças, sejam elas quais forem! 

 

domingo, 23 de janeiro de 2022

 


Foram 3 livros neste mês nas férias, acabei o último agora mesmo. Bem diferentes, mas igualmente instigantes, o que me fez mergulhar em cada um deles como personagem fosse! Vamos a eles:

1- FAHRENHEIT 451 (Ray Bradbury): É uma distopia que pode nos confundir com os dias de hoje, dependendo do lugar em que se vive... Uma forte crítica aos regimes autoritários, foi muito censurado quando foi escrito, mas continua bem atual. Onde o protagonista passa por uma crise ideológica, já que sua função como bombeiro agora mudou. Ao invés de apagar incêndios, ele tem que atear fogo em livros, todos os livros da cidade, para que ninguém mais consiga obter conhecimento. Qualquer semelhança com o regime nazista ou com "1984"de Orwel não é mera coincidência. 

2- O CÉU QUE NOS OPRIME (Christine Leunens): Conta a história de um garoto austríaco na década de 30 que, enganado e fascinado pelos ideais da Juventude Hitlerista durante a ocupação da Áustria, descobre que seus pais escondiam no sótão uma menina judia. Uma mistura de amor e ódio se apodera dele, que a mnatém ali durante toda a guerra e também depois dela. Eu me senti caminhando pelos destroços nas ruas de Viena em uma verdadeira aflição. Impossível esquecer!

3- ALÉM DO OCEANO (Moja Lunde): Esta autora norueguesa conta de forma admirável como 2 histórias vão se entrelaçando até se encontrarem no final. Fala das geleiras da Noruega sendo exploradas até o limite. E em 2041 na França, quando a água é um elemento raríssimo e o país está tão quente que corre o risco de virar um deserto, um pai e uma filha encontram um tesouro enterrado. Um romance que mergulha fundo nas questões climáticas. Nem precisa dizer que fiquei arrepiada ao ler, e ao final fui correndo beber água, antes que ela acabe!

 

 


sábado, 18 de setembro de 2021

Um olhar especial aos refugiados



Sempre tive um carinho e uma empatia muito forte pelos refugiados, seja lá de onde for. É difícil ficar impassível com tamanha injustiça. Sabemos que são diversas as razões que fazem famílias inteiras fugirem de seus países. Sentir na pele o que eles passam, só estando lá. Aqui já ofereci minha ajuda no consulado da Síria, mas aí veio a pandemia fechando tudo, e tivemos que nos proteger contra um inimigo invisível, porém devastador! Mesmo assim os deslocamentos continuaram, e há pessoas do Haiti, Venezuela, e agora do Afeganistão em diversos lugares. Eles precisam de solidariedade, de um olhar amigo. São pessoas que abandonaram suas casas e estão em busca de um lugar seguro para viver, sem violência, seca, fome, perseguição religiosa, terremotos, guerras, inundações. Um olhar fora da caixa é quase que uma obrigação em tempos tão estranhos. Certamente não vamos mudar o mundo, mas conseguimos ao menos colocar o carro no caminho certo. TODOS merecem uma segunda chance. A maioria de nós têm o privilégio de estar num lugar seguro, e a liberdade de sair apenas se quisermos... Eles não.

 

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Viagem ao espaço? Hummmm...

 



O problema do turismo espacial é a proporção - o desperdício de dinheiro e a quantidade de emissões de carbono. embora as empresas dos bilionários tenham dito que a viagem equivale a um voo transatlântico e blá, blá, blá...... Precisava?

Por que não investir os bilhões de dólares de Richard Branson (o inglês da Virgin Galactic) e de Jeff Bezos (da Blue Origin/ Amazon) nas questões de mudanças climáticas que estão arrasando países ricos e pobres cada dia mais?  E os refugiados, que correndo de guerras ou miséria, acabam barrados nas fronteiras ou simplesmente morrem sem ter ao menos um único dólar para comprar comida? 

Não sou contra o turismo de forma alguma. Mas convenhamos, precisa ir até o espaço para ver lá de cima o quanto somos insignificantes? Eu consigo ver daqui mesmo, a insignificância está em terra firme!

domingo, 20 de junho de 2021

Ah, o clima outra vez....


Fonte: Unicef

Enquanto a pandemia acelera por aqui, a crise climática ganha fôlego e vem com tudo. Grandes deslocamentos humanos, mais do que guerras, agora são pelo clima e todas as suas consequências nefastas. A falta de água já é uma triste realidade em muitos países, as geleiras derretem e aumentam o calor, os alimentos que antes cresciam em terras férteis, agora só encontram seca e morrem. Já sabemos que as mesmas ondas de calor que arrasam plantações e secam nascentes, acabam criando milhares de refugiados pelo mundo. também sabemos que uma significativa mudança no clima da Amazônia devido às queimadas, ou mesmo o degelo na Antártica terá consequências em qualquer ponto da Terra. Assim como a poeira do deserto do Saara viaja milhas e milhas por sobre o Atlântico e cai na floresta Amazônica fertilizando-a. Sim, mais uma prova de que estamos todos interligados neste planeta.
A pandemia do Coronavírus, que já dura mais de um ano, veio no vácuo de tudo isso e persiste vitoriosa por enquanto. Hoje vivemos uma luta frenética para sobreviver em  meio ao caos, enfrentando sobretudo os desequilíbrios climáticos e da saúde. Não é um problema ambiental pontual, é um problema de todo  mundo. Ficar alarmado é legal, mas não é suficiente. Exigir mudanças e ações de quem tem poder é um bom começo! 

 

sábado, 18 de julho de 2020

Se todos fossem embora?

E se todos os vírus sumissem da face da Terra? Em tempos de pandemia, como não pensar nessa extinção em massa? Só que viveríamos em um paraíso por dois dias no máximo! Depois morreríamos. A verdade é que nos lembramos dos vírus apenas pelos problemas que eles nos causam.

A maioria dos vírus não são patogênicos para os humanos, e ainda tem um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas, mantendo a saúde de plantas, fungos, insetos e humanos.

As coisas boas que eles nos proporcionam ganham de lavada dos males que eles nos provocam. É o equilíbrio perfeito! Então, sem os vírus no planeta seria o nosso fim!