Sou e sempre serei uma defensora de mais áreas verdes nas cidades. Sua importância para uma melhor qualidade de vida não tem preço. Mais importante ainda é ter árvores nessas áreas, até mesmo pequenas florestas urbanas. Quem não quer um ar mais puro? Em épocas de chuvas fortes, as copas das árvores interceptam a água impedindo que ela caia com força no solo. É por isso que se diz que debaixo da árvore chove duas vezes. As folhas e galhos amenizam a força da chuva, fazendo com que a água goteje no solo suavemente até que uma parte dela atinja as camadas mais profundas, alimentando o lençol de água subterrâneo. Outra parte dessa água é usada pela própria árvore, levando-a das raízes até a superfície das folhas, onde ela é eliminada sob a forma de vapor, que mais tarde irá formar mais nuvens de chuva e começar tudo de novo. Isso nos mostra como as florestas urbanas (não importa o tamanho) são indispensáveis no ciclo da água. No período chuvoso as árvores impedem as grandes inundações nas cidades, e no período da seca elas absorvem e acumulam água suficiente para manter o clima mais úmido e habitável. E aí, vamos fazer mais florestas urbanas? Pode ser uma praça, um terreno vazio, uma esquina abandonada, basta procurar as espécies adequadas à cada região e pronto. Isso pode ser feito em qualquer parte do mundo, qualquer país, afinal até em regiões desérticas é possível plantar árvores, certo? Talvez a gente não consiga mudar o mundo, mas mudar um pequeno espaço já faz uma diferença e tanto!
bia.viagemambiental
viagens ecológicas e culturais, opiniões e artigos sobre meio ambiente e a natureza humana, ideias e devaneios...
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sexta-feira, 16 de maio de 2025
domingo, 3 de dezembro de 2023
domingo, 23 de janeiro de 2022
Foram 3 livros neste mês nas férias, acabei o último agora mesmo. Bem diferentes, mas igualmente instigantes, o que me fez mergulhar em cada um deles como personagem fosse! Vamos a eles:
1- FAHRENHEIT 451 (Ray Bradbury): É uma distopia que pode nos confundir com os dias de hoje, dependendo do lugar em que se vive... Uma forte crítica aos regimes autoritários, foi muito censurado quando foi escrito, mas continua bem atual. Onde o protagonista passa por uma crise ideológica, já que sua função como bombeiro agora mudou. Ao invés de apagar incêndios, ele tem que atear fogo em livros, todos os livros da cidade, para que ninguém mais consiga obter conhecimento. Qualquer semelhança com o regime nazista ou com "1984"de Orwel não é mera coincidência.
2- O CÉU QUE NOS OPRIME (Christine Leunens): Conta a história de um garoto austríaco na década de 30 que, enganado e fascinado pelos ideais da Juventude Hitlerista durante a ocupação da Áustria, descobre que seus pais escondiam no sótão uma menina judia. Uma mistura de amor e ódio se apodera dele, que a mnatém ali durante toda a guerra e também depois dela. Eu me senti caminhando pelos destroços nas ruas de Viena em uma verdadeira aflição. Impossível esquecer!
3- ALÉM DO OCEANO (Moja Lunde): Esta autora norueguesa conta de forma admirável como 2 histórias vão se entrelaçando até se encontrarem no final. Fala das geleiras da Noruega sendo exploradas até o limite. E em 2041 na França, quando a água é um elemento raríssimo e o país está tão quente que corre o risco de virar um deserto, um pai e uma filha encontram um tesouro enterrado. Um romance que mergulha fundo nas questões climáticas. Nem precisa dizer que fiquei arrepiada ao ler, e ao final fui correndo beber água, antes que ela acabe!
sábado, 18 de setembro de 2021
Um olhar especial aos refugiados
Sempre tive um carinho e uma empatia muito forte pelos refugiados, seja lá de onde for. É difícil ficar impassível com tamanha injustiça. Sabemos que são diversas as razões que fazem famílias inteiras fugirem de seus países. Sentir na pele o que eles passam, só estando lá. Aqui já ofereci minha ajuda no consulado da Síria, mas aí veio a pandemia fechando tudo, e tivemos que nos proteger contra um inimigo invisível, porém devastador! Mesmo assim os deslocamentos continuaram, e há pessoas do Haiti, Venezuela, e agora do Afeganistão em diversos lugares. Eles precisam de solidariedade, de um olhar amigo. São pessoas que abandonaram suas casas e estão em busca de um lugar seguro para viver, sem violência, seca, fome, perseguição religiosa, terremotos, guerras, inundações. Um olhar fora da caixa é quase que uma obrigação em tempos tão estranhos. Certamente não vamos mudar o mundo, mas conseguimos ao menos colocar o carro no caminho certo. TODOS merecem uma segunda chance. A maioria de nós têm o privilégio de estar num lugar seguro, e a liberdade de sair apenas se quisermos... Eles não.
quinta-feira, 22 de julho de 2021
Viagem ao espaço? Hummmm...
Por que não investir os bilhões de dólares de Richard Branson (o inglês da Virgin Galactic) e de Jeff Bezos (da Blue Origin/ Amazon) nas questões de mudanças climáticas que estão arrasando países ricos e pobres cada dia mais? E os refugiados, que correndo de guerras ou miséria, acabam barrados nas fronteiras ou simplesmente morrem sem ter ao menos um único dólar para comprar comida?
Não sou contra o turismo de forma alguma. Mas convenhamos, precisa ir até o espaço para ver lá de cima o quanto somos insignificantes? Eu consigo ver daqui mesmo, a insignificância está em terra firme!