(Esta era a janela do meu quarto....morram de inveja! Ao longe dava para ver uma escuna chegando. Também via o sol nascer às 5 da manhã todos os dias e depois se pôr no horizonte. Como acordava bem cedo, antes das nove horas da noite já estava até sonhando....)
(Durante a minha estadia na ilha passou por lá o navio faroleiro H-42 da marinha. Antigamente era um navio de pesquisas na Antártida, próprio para quebrar gelo e todo equipado para análises de laboratório. Agora, aposentado, ele faz a manutenção dos faróis da costa brasileira. Esse tem muita estória para contar!)
(Uma baleia jubarte saltando bem em frente aos nossos olhos. Logo depois veio o filhotinho tentando imitar a mãe. É em Abrolhos que eles aprendem a ficar mais fortes, e durante seis meses são amamentados e engordados para enfim aguentar a viagem de volta a Antártida!)
(No barco ficamos atentos a qualquer sinal de baleia. Este é o barco do Instituto Baleia Jubarte, onde eu estava como voluntária. Eles monitoram todas as baleias que vêm anualmente da Antártida para estudar seu desenvolvimento e se há alguma perturbação com relação aos turistas. Ainda bem essa inter relação é tranquila!)
(O barco tem orientação para desligar os motores ao aproximar das baleias, no máximo 100 metros de distância. É uma emoção e tanto, um animal que pode chegar facilmente a 40 toneladas, ali tão perto e tão dócil!!!)
(A ilha Siriba, ao fundo, é a única onde é permitido o desembarque para uma leve caminhada acompanhada dos ambientalistas. Ali é possível conhecer a formação vulcânica das ilhas e as aves marinhas em seu habitat natural. Não parece uma pintura?)
Uma imagem de rara beleza começa a se tornar frequente a partir de junho nas águas da Bahia. São as baleias! Elas chegam da Antártida fugindo do inverno do hemisfério sul e só vão embora no início do verão, em novembro. As baleias visitam a região uma vez por ano para procriar e alimentar seus filhotes. O turismo de observação de baleias ainda é tímido no Brasil, mas vem crescendo aos poucos. O arquipélago de Abrolhos é um desses lugares privilegiados, onde a beleza predomina em cada canto, em cada ilha, em cada peixinho colorido no fundo do mar. Estive lá durante 3 meses como voluntária do Parque Marinho e do Projeto Baleia Jubarte. Depois voltei como turista, claro! Os barcos de observação de baleias saem frequentemente de Caravelas pela manhã, retornando no final da tarde. Barcos maiores, como as escunas, podem pernoitar por 3 dias ao redor das ilhas, não sendo permitido o desembarque. Apenas na Ilha Siriba, com acompanhamento do pessoal tecnico. Geralmente as pessoas saem de lá MARAVILHADAS e relutam em voltar à terra firme no final do dia! Abrolhos foi o primeiro Parque Nacional Marinho do Brasil e recebe turistas o ano inteiro. O nome "Abrolhos", diz a lenda, vem dos antigos navegantes portugueses que alertavam os outros barcos sobre a grande quantidade de recifes de corais na região, dizendo "Abra os olhos"! Naquela época, é claro, existiam muito mais baleias, de todas as espécies. A primeira vez que vi uma de perto dar um salto na água e balançar o barco todo, fiquei tão pasma com aquela visão que minha câmera fotográfica simplesmente não me obedeceu. Tudo bem....essa imagem de 'zoom' particular ficou gravada para sempre na minha memória!!! Para chegar a Abrolhos, partindo de Caravelas:
Catamarã Veleiro Sanuk: (73) 3297-1344
Abrolhos Turismo: (73) 3297-1149



























